O tema da qualidade espacial e a utilização da caminhada como método de estudo em arquitetura e urbanismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Schmitt, Fernanda Junges
Orientador(a): Aguiar, Douglas Vieira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/171424
Resumo: Esta dissertação apresenta uma exploração teórica sobre o tema da qualidade espacial na arquitetura em suas diferentes escalas, tendo em conta o ponto de vista de um caminhante sensível ao meio que o envolve. Entende-se, no contexto teórico a ser apresentado, que o tema da qualidade do espaço público urbano tem particular relevância no atual momento das cidades, em função da prioridade destinada a automóveis e veículos automotores nas soluções da espacialidade urbana, normalmente em detrimento daquele que usa a cidade a pé. O trabalho busca fundamentação na produção literária e nas teorias de um grupo de autores com produção reconhecida no tema da espacialidade na arquitetura e nos estudos da cidade. A investigação sobre a qualidade espacial da arquitetura a ser apresentada fundamenta-se em três pilares, dois descritivos e um metodológico. De um lado estarão as descrições da configuração espacial e, de outro, em paralelo, as descrições da percepção espacial, ou seja, o modo como as situações espaciais são vividas e apreciadas pelo observador, quando o corpo e os sentidos do usuário ocupam um papel principal. Trabalhar-se-á com a hipótese de que os efeitos de configuração, sobre a qualidade espacial, ocorrem simultaneamente nas escalas local e global (AGUIAR, 2016a). Na escala global, a configuração espacial será abordada, inicialmente, através da descrição morfológica e, num segundo momento, a partir da condição de acessibilidade/sintaxe espacial e seus impactos na dita vitalidade urbana. Na escala local, a configuração espacial será examinada através tanto das características de delimitação espacial/enclausuramento quanto das características da constituição do espaço. Na sequência, tomando o corpo como categoria de percepção, o trabalho examinará as condições de legibilidade, entendida como funcionalidade visual, e de comodidade, entendida como funcionalidade háptica. Tendo em conta as descrições da qualidade espacial acima delineadas, o trabalho aborda, ao final, o tema do movimento como categoria metodológica. Seguindo esse roteiro, busca-se trazer à luz um conjunto de descrições da cidade relevantes no entendimento daquilo que se entende como qualidade espacial urbana, esperando assim contribuir para o debate sobre esse tópico, tão relevante no momento atual nos meios acadêmico e profissional.