Educação de jovens e adultos em espaços não escolares: estudo de caso de uma regional pedagógica da rede municipal de educação de Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Sabino, Nídia Cristina lattes
Orientador(a): Polon, Thelma Lúcia Pinto lattes
Banca de defesa: Paradela, Victor Cláudio lattes, Diogo, Rosália Estelita Gregório lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Gestão e Avaliação em Educação Pública
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5325
Resumo: A oferta da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em espaços não escolares, pela rede municipal de Belo Horizonte, denominada de Turmas Externas, prioriza o atendimento às pessoas que não vão à escola por motivos diversos, como por exemplo, horários impróprios para frequentar as aulas, distância de sua casa até o ambiente escolar, e até mesmo uma recusa em retornar ao espaço que excluiu esses sujeitos do direito à educação. Esta dissertação descreve e analisa a política educacional de oferta da EJA em espaços não escolares na rede municipal de ensino de Belo Horizonte, tendo como percurso metodológico o estudo de caso de uma regional pedagógica. Os instrumentos utilizados para a coleta de dados incluem: entrevistas com roteiro semiestruturado com os responsáveis pelo desenho e implementação da política, bem como grupos focais com os educandos e educadores das turmas externas da regional selecionada; pesquisa documental, a partir da análise de documentos oficiais sobre a política e dos registros do monitoramento pedagógico da EJA realizado pela equipe pedagógica da gerência regional de educação, além de observação participante. Iniciamos por um resgate dos marcos a níveis mundial, nacional e municipal, que a partir da década de 1990, asseguraram o direito à educação ao longo da vida e que reconheceram a EJA enquanto modalidade da Educação Básica, descrevendo como se deu a implementação, em Belo Horizonte, da alternativa do atendimento da EJA em espaços não escolares. Em seguida, no capítulo dois, apresentamos e analisamos os dados coletados na pesquisa de campo, desvendando as possibilidades, limitações e desafios desta política educacional em relação à diversidade da demanda a que atende, para isso, recorremos a Paulo Freire (2005, 2006, 2010), Maria Clara Di Pierro (2000, 2001), Moacir Gadotti (2003), Leôncio Soares (2001, 2007), Sérgio Haddad (2000, 2002) e Miguel Arroyo (2005,2007), autores que têm se debruçado em discutir políticas públicas para a EJA. Por último, no capítulo três, apresentamos o Plano de Ação Educacional com as propostas de melhoria da política analisada. O que se pretende com esta pesquisa é um entendimento maior sobre as especificidades da EJA e de seu atendimento em espaços não escolares, propondo uma reflexão sobre os ideários da educação popular e da concepção de educação ao longo da vida, em relação à atual política de escolarização da rede municipal de Belo Horizonte.