Educação ambiental e agricultura familiar urbana em Juiz de Fora: para além da dicotomia campo - cidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Carmo, Lucilene Ferreira do lattes
Orientador(a): Pinto, Vicente Paulo dos Santos lattes
Banca de defesa: Rodrigues, Angélica Cosenza, Campos, Helcio Ribeiro
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11211
Resumo: O presente trabalho procura investigar como as práticas agrícolas inseridas em territórios urbanos localizados na Região Nordeste de Juiz de Fora, no entorno do trecho da MG-353, constituídas de uma agricultura de base familiar, podem estar associadas a estratégias de educação ambiental abordadas a partir de uma perspectiva crítica, contra - hegemônica. Desse modo, busca-se identificar as educabilidades presentes nesse fazer agrícola (como modo de vida) em meio urbano e as possibilidades de enfrentamento que esses saberes/fazeres podem propiciar diante do modelo insustentável de crescimento urbano contemporâneo, inclusive baseado em relações rural-urbanas assimétricas e injustas. Essa proposta de investigação surgiu da necessidade de visibilizar territórios e práticas agrícolas inseridos no espaço urbano. Para tanto, foram feitos questionários e entrevistas aos agricultores das unidades pesquisadas, analisados sob o método da Análise de Conteúdo, o qual procurou, a partir da fala dos sujeitos de pesquisa, indícios que revelassem um novo modo de ser/existir no urbano e suas implicações para o Campo da Educação Ambiental. Como um objetivo central, norteador desse trabalho, propõe-se investigar o modo de vida rural-urbano presente nas práticas dos agricultores familiares dessa região da cidade, de forma a compreender como essas práticas agrícolas, no espaço urbano, se constituem em dispositivos formativos em educação ambiental, seja ela formal ou não formal. Essa pesquisa revelou dados com os quais pôde-se constatar que as múltiplas educabilidades presentes nesse modo de vida rural-urbano próprio das práticas de agricultura urbana, tende a um crescente potencial de envolvimento do entorno, cujo território pode se desdobrar num elemento educativo, no qual a área urbana de Juiz de Fora se proponha e se perceba uma cidade educadora. Esse modo de vida rural-urbano, cujo metabolismo engendra novas formas de apropriação do espaço pode ter muito a contribuir para o campo da educação ambiental e para uma educação que se proponha mais dialógica e voltada à sustentabilidade nos seus mais variados aspectos.