Religiosidade, espiritualidade e felicidade na infância e adolescência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Vivian Hagen Antônio lattes
Orientador(a): Almeida, Alexander Moreira lattes
Banca de defesa: Martins, Janaína Siqueira Rodrigues lattes, Assumpção Júnior, Francisco Baptista lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11827
Resumo: Grande e progressivo interesse tem surgido pelo conhecimento dos efeitos sobre a saúde positiva, da religiosidade e espiritualidade, e sobre como eles se estabelecem na vida das pessoas. As evidências indicam que a religiosidade/espiritualidade geralmente se relaciona com melhor saúde física e mental, longevidade, bem-estar e felicidade; embora haja também impactos negativos, notadamente com o coping religioso negativo. Contudo poucos estudos investigam a associação entre religiosidade/espiritualidade e desfechos em saúde em crianças. Objetivos: investigar as associações entre religiosidade/espiritualidade e felicidade na infância e testar o papel mediador dos estilos parentais. Métodos: Alunos cursando o 6° ano do ensino fundamental em escolas públicas laicas e particulares confessionais de Juiz de Fora- MG e seus pais responderam questionários de felicidade (Escala subjetiva de felicidade), religiosidade/espiritualidade (Medida Multidimensional Breve de Religiosidade/Espiritualidade – Adaptado) e estilos parentais (Inventário de Estilos Parentais), assim como questões qualitativas sobre religiosidade/espiritualidade. Resultados: um total de 276 crianças foi avaliado. Observaram-se consistentes associações entre religiosidade/espiritualidade e felicidade na infância. As crianças que referiram nunca sentir “o amor de Deus” ou “a presença de Deus” tinham 90% menos de chance de se considerarem felizes, quando comparadas àquelas que referiram sentir o amor ou a presença de Deus “muitas vezes ao dia” (OR 0,10 IC 95%:0,01 – 0,99). Nunca frequentar um serviço religioso também se associou a menor probabilidade de se declarar feliz, em comparação com os que frequentavam mais de uma vez na semana (OR 0,23 IC 0,08 – 0,66). Nas análises qualitativas foi marcante a importância da religiosidade/espiritualidade para os alunos, assim como suas famílias. Conclusão: maiores níveis religiosidade/espiritualidade em crianças se associaram de modo forte e consistente com felicidade. Futuros estudos longitudinais serão necessários para investigar a causalidade desta associação.