Implicações do olhar moderno na obra de Marcelo Gama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Amaral, Wendell de Freitas lattes
Orientador(a): Silva, Teresinha Vânia Zimbrão da lattes
Banca de defesa: Ribeiro, Gilvan Procópio lattes, Pires, Anderson lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Estudos Literários
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2696
Resumo: Partindo da observação de alguns estudos sobre a obra do poeta Marcelo Gama, percebe-se que sua recepção crítica tem sido variada, desde o lançamento de seu livro de poemas Via Sacra (1902). Em estudos mais recentes, a crítica aponta para a valorização de um estilo de rara manifestação na poesia do período que antecede ao Modernismo, e visível na obra de Marcelo Gama, o qual conjuga o coloquialismo, o humor e a crítica-social, denominado “coloquial-irônico”. O objetivo deste estudo é demonstrar as especificidades da obra do autor gaúcho que permitem avaliar este estilo. Considerado escritor simbolista, Marcelo Gama merece ser estudado como um dissidente, pois extrapola em sua poética as regras e convenções comuns no seu contexto de produção. Vadiando pela rua como flâneur, na observação crítica do cotidiano, utilizando-se de temas prosaicos e de um universo semântico marcado pelo coloquialismo e pela auto-ironia, o poeta aproxima-se do espírito consciente dos modernistas a favor da liberdade de criação e da negação da linguagem retórica. Observa-se com este estudo a proximidade deste olhar poético com o de mestres da ironia e da observação do cotidiano urbano, como Drummond e Murilo Mendes, possibilitando considerar parte de sua obra como de transição para o Modernismo.