Resumo: |
As problematizações aqui pospostas passam pelo interesse em mover discussões em torno da produção de sujeitos escolarizados na possibilidade de (re)pensar os diferentes processos de subjetividades presentes no cotidiano escolar, sujeição e práticas de liberdade. Tendo como arcabouço teórico a perspectiva foucaultiana e alguns autores que trabalham com essa proposta, como Gallo, Veiga-Neto e Revel, entre outros, a pesquisa foi realizada no Ensino Médio do Colégio de Aplicação João XXIII da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Observou-se que a escola busca controlar cotidianamente os corpos escolares. A “indisciplina” foi pensada como uma prática de resistência contra esses efeitos do poder inerente a esse tipo de processo pedagógico, pois quanto mais se controla mais se produzem forças resistentes. Todavia, a autoridade escolar, muitas vezes, busca controlar ainda mais essas forças, produzindo e reproduzindo a (in)disciplina. Para tanto, a ética da estética da existência como cuidado de si pode vir a ser, para a prática docente, uma forma de resistência a esse modelo escolar, a essas práticas impostas, propiciando, para o professor e para os outros, diferentes jogos de forças no interior desse espaço, jogos de liberdades mútuas, recíprocas entre uns e outros cotidianamente. |
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