Rede de trocas de sementes e conservação da agrobiodiversidade: um estudo em comunidades tradicionais quilombolas no município de Mariana, Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fantini, Isabella Fernandes lattes
Orientador(a): Salimena, Fátima Regina Gonçalves lattes
Banca de defesa: Emer, Carine lattes, Ferreira Júnior, Woshington Soares
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Biodiversidade e Conservação da Natureza
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2023/00064
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15977
Resumo: A agrobiodiversidade é resultado da colaboração entre seres humanos e natureza, criando um sistema de interdependência socioecológica. Através do uso de técnicas populares de melhoramento genético, são geradas etnovariedades que são constantemente selecionadas, reproduzidas e adaptadas. Neste estudo, a intenção é avaliar o papel das redes de trocas de sementes na conservação "on farm" da agrobiodiversidade relacionada à alimentação. A hipótese é que a estrutura da rede de trocas de sementes define a capacidade de conservação da agrobiodiversidade. Para coleta de dados, foi utilizada a metodologia etnobotânica e foram empregadas métricas de rede socioecológica para análises. Contamos com a participação de 48 moradores de comunidades quilombolas de Mariana, registramos 359 etnovariedades de 134 espécies de 44 famílias botânicas. A rede aberta contou com a presença de 185 unidades familiares e instituições gestoras da agrobiodiversidade. As variáveis que influenciaram a riqueza de etnovariedades cultivadas pelos agricultores foram tempo de moradia na comunidade, total de agroambientes manejados e total de área cultivada. Os resultados mostram que as variáveis socioagronômicas e a riqueza de etnovariedades têm correlação positiva com a centralidade de grau, de intermediação e de proximidade harmônica. A rede obtida apresentou considerável modularidade, baixo aninhamento e baixa conectância, demonstrando que é fundamental promover estratégias coletivas que contribuam para a conservação "on farm" da agrobiodiversidade nesses territórios