Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Proença, Mariana Luiz
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Orientador(a): |
Amâncio, Robson
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Banca de defesa: |
Amâncio, Robson
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Guimarães, Marcelo Duncan Alencar
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Esmeraldo, Gema Galgani Silveira Leite
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Fernandez, Annelise Caetano Fraga
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Práticas em Desenvolvimento Sustentável
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Departamento: |
Instituto de Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15969
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Resumo: |
O armazenamento de sementes no semiárido brasileiro é uma prática tradicional que colabora para a conservação da agrobiodiversidade. Em uma região em que a ausência de chuvas compromete a produção agrícola no verão, estocar água, sementes e forragem é uma estratégia para a permanência e sobrevivência no sertão, e compõe a cultura do estoque. Este trabalho busca refletir sobre a contribuição que as casas de sementes comunitárias trouxeram para seis experiências recentes de guarda coletiva de sementes locais no semiárido cearense. Perguntou-se de que maneira as casas podem contribuir para a conservação da agrobiodiversidade, e quais os limites que estão impostos para o desempenho dessa função. As seis comunidades visitadas fazem parte do Projeto Paulo Freire, de apoio e incentivo à agricultura familiar, coordenado pela Secretaria de Agricultura do Governo do Estado do Ceará e com apoio do Fundo Internacional de Desenvolvimento da Agricultura (FIDA/ONU), e foram atendidas pelo Programa Sementes do Semiárido, da Articulação do Semiárido (ASA). Em um período de três meses, entre agosto e novembro de 2018, seis casas de sementes comunitárias foram percorridas, duas em cada uma das três regiões: Sertão do Inhamuns, Cariri Oeste e Sertão Sobral. Foi adotada uma proposta pluri metodológica, que inclui entrevistas focalizadas, análise participativa, e sensibilidade etnográfica. Ao todo foram realizadas 40 entrevistas, em cada comunidade um mínimo de cinco núcleos familiares participaram das entrevistas semiestruturadas, e em duas dessas comunidades realizamos a pesquisa de quatro células. Observa-se que o objetivo das casas de sementes comunitárias concentra-se na garantia das sementes para o plantio na época certa, e que a variabilidade das sementes recebe menos atenção. No entanto, não está inviabilizada a conservação da agrobiodiversidade através das casas de sementes, uma vez que estas são uma peça dentro de uma rede de intercâmbio de sementes, e essenciais para a construção de um sistema de segurança e soberania alimentar territorial e regional. |