Relação entre metacognição e linguagem: revisão da hipótese externalista ativa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Perissinotto, Henrique Tavares Dias lattes
Orientador(a): Queiroz, Alvaro Joao Magalhaes de lattes
Banca de defesa: Queiroz, João lattes, Silveira Junior, Potiguara Mendes da lattes, Loula, Angelo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Comunicação
Departamento: Faculdade de Comunicação Social
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12265
Resumo: Este é um trabalho de revisão sobre a relação entre a linguagem natural (falada e escrita) e a metacognição da perspectiva do externalismo ativo. Estamos especialmente interessados nos desenvolvimentos de Andy Clark sobre o fenômeno. Existem, ao menos, duas revisões consideradas importantes sobre “metacognição”, nenhuma delas recentes -- Proust (2013) e Beran et al, (2012). Há também diversas revisões da “concepção cognitiva da linguagem” (ex., CARRUTHERS, 2002). Porém, não há revisões sobre a relação entre metacognição e linguagem natural, no paradigma do externalismo ativo. O fenômeno da metacognição é modelo e teórico-dependente. Sua importância ou relevância é descrita de muitas formas, como por exemplo, mais ou menos associada à aprendizagem cultural cumulativa, ao surgimento de comunicação simbólica, a manipulação de certos artefatos físicos e materiais, e diversos processos e mecanismos de interação social. De modo inequívoco, metacognição e linguagem parecem estar irredutivelmente relacionados. Para Clark a linguagem natural é um artefato cognitivo, uma tecnologia cognitiva, um super nicho cognitivo, capaz de gerar outros nichos. Parte da capacidade generativa da linguagem como supernicho deve-se àquilo que o autor chama de “efeito mangue”, uma propriedade capaz de fornecer base estável para que o pensamento possa se “anexar” a pensamentos subsequentes. Segundo essa posição, a linguagem natural é responsável pelo surgimento de “dinâmicas cognitivas de segunda ordem”, que são processos metacognitivos, de modo tipicamente presentes em humanos. Introduzimos a noção de metacognição, exploramos e revisamos variações dessa noção, em diversos autores. Em seguida examinamos a posição externalista de Clark,além de algumas importantes premissas, e críticas.