Livre-arbítrio e sistema: conflitos e conciliações em Böhme e Goethe

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Coelho, Humberto Schubert lattes
Orientador(a): Dreher, Luís Henrique lattes
Banca de defesa: Gross, Eduardo lattes, Martins, Antonio Henrique Campolina lattes, Cruz, Eduardo Rodrigues lattes, Moura, Magali dos Santos lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1696
Resumo: Há um conflito natural e universalmente reconhecido entre a instância incondicionada da liberdade, que toma as decisões das quais dependem nossas ideais e convicções, e a necessidade puramente lógica de encaixar estes mesmos ideais e convicções em um sistema. Esta tensão configura duas posturas típicas que se dividem ao longo da tradição intelectual do Ocidente, sem deixar de ter suas expressões em outros ambientes culturais, e somente os séculos XIX e XX conseguiram oferecer soluções qualificadas para este drama. Regressamos ao momento histórico em que Jakob Böhme e Johann W. Goethe ensaiavam sínteses originalíssimas e ainda muito ignoradas entre a esfera da vontade e a da razão, imergindo nas profundezas da psicologia e da mística, ao mesmo tempo em que arrastavam desta região grandes porções da nebulosa matéria mental que só simbolicamente pode ser posta às claras. Veremos como seu método e índole, além de extremamente similares, parecem ser ainda hoje capazes de abastecer a ciência e a metafísica com as concepções de que são carentes, e em que sentido este tipo de abordagem altera a própria definição do termo religião; termo que, ao final, começa a absorver todos os demais saberes e atividades.