O autogerenciamento de pessoas submetidas ao transplante de células-tronco hematopoéticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Mendes, Poliana Novais lattes
Orientador(a): Sanhudo, Nádia Fontoura lattes
Banca de defesa: Moreira, Marléa Crescêncio lattes, Dutra, Herica Silva lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00369
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13760
Resumo: O autogerenciamento dos cuidados representa uma ferramenta importante na vida das pessoas, pois se refere à conquista de conhecimentos, habilidades e autonomia do indivíduo perante uma afecção crônica. O estudo objetivou construir diretrizes para atender às demandas para o autogerenciamento do cuidado à saúde de pessoas com doença onco-hematológicas submetidas ao Transplante de CélulasTronco Hematopoéticas (TCTH). Trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória, desenvolvida em duas etapas, utilizando-se como referencial metodológico a Pesquisa Convergente Assistencial (PCA). Os dados foram coletados no ambulatório de hematologia do Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (HU-UFJF), após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da instituição mencionada, sob o Parecer n. 3.842.779, em atendimento à Resolução 466/2012, do Conselho Nacional de Saúde. Participaram deste estudo 12 pacientes e cinco enfermeiros. Na primeira etapa, os dados foram coletados com os pacientes por telefonema, no período de janeiro e fevereiro de 2021, utilizando um roteiro semiestruturado. Para operacionalização das entrevistas, foi utilizado o software de análise de dados textuais Interface de R pour les Analyses Multidimensionnelles de Textes et de Questionnaires (Iramuteq), com enfoque na análise de conteúdo proposta por Bardin. Concluída essa etapa, partiuse para a seguinte, feita com os enfermeiros, no pequeno grupo de discussão em um encontro on-line, realizado no dia 25 de agosto de 2021. Todos os depoimentos foram gravados em áudio e transcritos, e o anonimato foi garantido por meio de códigos. Como resultados, da primeira etapa da pesquisa emergiram seis classes que foram sistematizadas em três categorias, I: Descobrimento do diagnóstico de câncer e percurso do tratamento; II: Apoio para o desenvolvimento de ações de autogerenciamento dos cuidados à saúde e III: Percepções, necessidades e apoio: subsídios para o autogerenciamento. Desses resultados emergiram significados e demandas para o autogerenciamento. Na segunda etapa da pesquisa essas demandas foram refletidas no grupo de discussão e ratificadas pelos participantes, apontando, assim, as diretrizes para atender às demandas para o autogerenciamento dos cuidados à saúde das pessoas com doença oncológica, que realizaram o TCTH. Os resultados demonstraram a importância da realização do autogerenciamento na fase pós-TCTH, e as diretrizes encontradas permitirão uma melhor compreensão das necessidades vivenciadas para a adaptação do indivíduo ao processo de saúde/doença.