Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Nogueira, Rodrigo José Lupatini
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Orientador(a): |
Silva Filho, Ademar Alves da
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Banca de defesa: |
Freitas, Zaida Maria Faria de
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Nascimento, Jorge Willian Leandro
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Farmacêuticas
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Departamento: |
Faculdade de Farmácia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6113
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Resumo: |
A administração de medicamentos na pele através da via transcutânea é uma prática que tem sido utilizada pela humanidade ao longo de milênios. Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) apresentam-se como uma classe de fármacos de interesse para o desenvolvimento de formulações transcutâneas já que apresentam efeitos gastrointestinais graves ao serem utilizados para o tratamento crônico de doenças, como por exemplo artrite reumatóide. Entre os fármacos desta classe, o ibuprofeno (IBU) representa um bom candidato para a permeação cutânea, já que apresenta baixo peso molecular (206,28), coeficiente de partição (log P) inferior a 4 e curta meia vida plasmática. Uma estratégia efetiva para facilitar a passagem de fármacos pela pele é o emprego de promotores de permeação na pele. Recentemente, alguns trabalhos vem relacionando o uso de terpenos e óleos naturais ricos em terpenos na promoção de permeação cutânea de fármacos. O óleo de copaíba, devido ao seu rico conteúdo em terpenos, apresenta-se como uma ótima escolha de promotor de permeação de fármacos administrados na pele. Neste trabalho foram desenvolvidas duas formulações em creme contendo IBU 5% com duas concentrações diferentes de óleo de copaíba: IBOC5, contendo 5% de óleo de copaíba e IBOC10, com 10% do mesmo óleo. Os ensaios de permeação e penetração in vitro do IBU foram realizados utilizando-se pele de orelha suína como membrana biológica no aparelho de células de difusão vertical do tipo Franz. Já a avaliação da permeação in vivo foi realizada através do teste de atividade anti-inflamatória induzida pelo óleo de cróton em orelhas de camundongos. O fluxo de permeação (J) do IBU nas amostras IBOC5 (35,72 ± 6,35) e IBOC10 (29,78 ±2,41) foram superiores (p < 0,01 e p < 0,05, respectivamente) ao creme controle, sem óleo de copaíba (10,32 ± 1,52) e produto comercial (14,44 ± 2,39). Na análise de penetração, a quantidade de IBU nas amostras IBOC5 e IBOC10 foi maior (p < 0,01 e p < 0,05, respectivamente) na derme quando comparada à epiderme. No ensaio in vivo, as amostras IBOC5 e IBOC10 reduziram (p < 0,05 e p < 0,001, respectivamente) o processo inflamatório quando comparadas ao controle negativo, entretanto, não foram diferentes (p > 0,05) do controle positivo. Face aos resultados, pode-se concluir que a adição do óleo de copaíba apresentou capacidade de promoção de permeação e penetração cutânea do ibuprofeno nas amostras em creme para o teste de células de difusão in vitro. Já o modelo in vivo de edema de orelha em camundongos, sugere-se que este não foi o teste mais adequado para avaliação da permeação do ibuprofeno nas amostras analisadas. |