Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Tamara de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191800
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Resumo: |
O vírus Zika (ZIKV), pertencente ao gênero dos Flavivirus, possui como principais vetores os mosquitos do gênero Aedes, e foi isolado pela primeira vez em 1947, na floresta Zika, na Uganda. Porém, a primeira epidemia da febre Zika foi registrada apenas em 2007, e a partir de então o número de casos proliferaram pelo mundo. Os sintomas mais comuns causados pelo ZIKV são febre, dor de cabeça, conjuntivite, dores articulares e musculares, e erupção cutânea. Ainda, o desenvolvimento de doenças neurológicas, como a Síndrome de Guillain-Barré e síndrome congênita do Zika, sendo que, já foram registrados diversos casos de microcefalia. Atualmente, não existem vacinas ou antivirais contra o ZIKV. Assim, faz-se de grande relevância estudos que agregam moléculas ativas como o óleo de copaíba, que já demonstrou diversas atividades antimicrobianas na literatura, associadas à nanoemulsões (NEs), potencializando a atividade e o modo de entrega em sistemas biológicos. Portanto, o objetivo deste estudo foi analisar a ação de NEs contendo óleo de copaíba na inibição do ZIKV. Inicialmente foi realizado o ensaio de viabilidade celular (MTT) em linhagens celulares VERO E6 e HuH-7 e a captação intracelular da droga. A inibição viral foi avaliada inicialmente por ensaio de formação de placas e na sequência foi realizado o ensaio de dose dependência que foi avaliado por qPCR. Por fim, foi realizado o ensaio de tempo de adição para identificar a etapa do ciclo viral que a droga está atuando, também avaliado por qPCR. Os resultados do ensaio de MTT demonstraram que a maior concentração não citotóxica, acima de 80% de viabilidade, 48 horas após o tratamento, foi de 180 µg/mL. As NEs internalizaram em todos os tempos analisados, em ambas as linhagens analisadas. Em sequência, observou-se uma redução relativa no número de focos de aproximadamente 70% e 80%, para a NE vazia (NEV) e contendo óleo de copaíba (NEC), respectivamente. A dose dependência em linhagem VERO E6 infectada com ZIKV, observou-se que para a NEV, a inibição do ZIKV foi similar em todas as concentrações analisadas e, para a NEC, a inibição foi dose dependente. Resultados preliminares do ensaio de tempo de adição demostraram que a NEC tem efeito virucida inibindo aproximadamente 92,5% da liberação do vírus. Ambos os tratamentos também demostraram efeito nas etapas pós-entrada, inibindo cerca de 99,1% do RNA intracelular do ZIKV. Até o momento, é possível concluir que, apesar de ambas NEs demonstrarem potencial em inibir o ZIKV, experimentos são necessários para confirmar os resultados e também para entender o modo de ação das NEs, de forma a esclarecer em qual etapa do ciclo viral os tratamentos estão inibindo o Zika. |