Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Fasolato, Valéria Mendes
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Orientador(a): |
Christo, Maraliz de Castro Vieira
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Banca de defesa: |
Alves Junior, Martinho
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Barbosa, Silvana Mota,
Seraphim, Mirian Nogueira,
Cavalcanti, Ana Maria Tavares |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em História
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13108
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Resumo: |
A historiografia da arte no Brasil é caracterizada pelo triunfo da modernidade, depositou em 1922 expectativas e rupturas, que a crítica e pesquisas em artes vêm relativizando a construção de seu lugar de paradigma. Partindo dessa perspectiva, nossa motivação para essa pesquisa se insere dentro desses novos olhares, que buscam desconstruir lugares comuns na história da arte. Maria Pardos (Espanha, 186? – Rio de Janeiro, 1928), aluna de pintura do Mestre da Escola Nacional de Belas Artes Rodolpho Amoedo, levou suas pinturas nas Exposições Gerais de Belas Artes, entre os anos de 1913- 1918, e doou para o acervo do Museu Mariano Procópio grande parte de sua produção: ao todo 46 pinturas e 201 desenhos. Suas obras possuem relações com o substrato cultural da virada do século XIX para o XX, inserindo-se nas representações de temas realistas e naturalistas, dialogando com obras de artistas nacionais e internacionais. Seu caso não é isolado, outras mulheres artistas também possuem exitosas trajetórias e importantes produções, como o caso de Georgina de Albuquerque, Abigail de Andrade, Regina Veiga e tantas outras mulheres artistas no Brasil. Mas assim como em outros campos da História e da Cultura, a mulher ainda é ignorada, muito ainda se tem por fazer sobre a participação das mulheres nos processos históricos. A ênfase de mulheres artistas como Tarsila do Amaral e Anita Malfatti, vistas como destaques do grupo que formatou o modernismo no Brasil, nos leva a verificação sobre essas trajetórias, das artistas pouco conhecidas. O êxito dessas duas grandes artistas e sua importância construída junto à crítica motivou diversos estudos inclusive catálogos Raisonné. Surge a necessidade de estudos aprofundados dessas outras artistas mulheres que produziram neste período para exposição de suas produções contribuindo para o debate desta história da arte brasileira, sem que haja julgamento de valores em detrimento de uma por outra, e sim visualidade de duas partes distintas. Sabe-se muito sobre as modernistas, mas e sobre as outras? O que se sabe de suas obras? Quantas seriam e que tipos de suportes privilegiaram? Em que coleções estão suas produções? Que temas pintaram? A catalogação da pintura de Maria Pardos busca somar e preencher uma das muitas lacunas existentes trazendo visibilidade à sua produção artística. |