Entre o lembrar e o esquecer: a ditadura civil-militar brasileira a partir da trilogia da tortura de Heloneida Studart

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Souza, Ioneide Maria Piffano Brion de lattes
Orientador(a): Jardim, Fernando Perlatto Bom lattes
Banca de defesa: Guedes, Wallace Andrioli lattes, Lobo, Valéria Marques lattes, Cordeiro, Janaína Martins lattes, Silva, Angela Moreira Domingues da lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00056
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14513
Resumo: A presente Tese objetiva analisar os romances O Pardal é um Pássaro Azul, O Estandarte da Agonia e O Torturador em Romaria, que compõem a chamada “Trilogia da Tortura” de Heloneida Studart. Para tanto, articulando literatura e historiografia, busca-se discutir de que maneira a autora reflete sobre aspectos relacionados à ditadura civil-militar brasileira, ao propor uma análise sobre o período a partir do entrecruzamento dos relatos de três protagonistas que aparecem em seus romances: Marina (o militante), Açucena (a família do desaparecido político) e Carmélio (o torturador). Parte-se da hipótese segundo a qual os romances da “Trilogia” possibilitam uma compreensão mais ampla da ideia de repressão durante a ditadura para além daquela praticada somente pelo Estado. Com isso, objetiva-se perceber como violência e autoritarismo são apontados por Heloneida como características pertencentes à sociedade brasileira, que se expressariam não apenas nas práticas estatais autoritárias instituídas a partir do golpe de 1964, mas também através do ambiente familiar, da devoção religiosa e do contexto patriarcal-machista da época em que se passam os romances.