Composição da fauna de lagartos e anfisbenídeos (Squamata) em um fragmento de Mata Atlântica na Zona da Mata de Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Stroppa, Gustavo Martins lattes
Orientador(a): Sousa, Bernadete Maria de lattes
Banca de defesa: Novelli, Iara Alves lattes, Ribeiro, Leonardo Barros lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Comportamento e Biologia Animal
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1673
Resumo: A ocupação das paisagens naturais por atividades humanas é uma das maiores ameaças à biodiversidade local. As consequências desta ocupação são a remoção dos habitats naturais e a formação de fragmentos isolados e menores que aquele original. Estudos sobre a composição e padrões de distribuição da fauna de lagartos e anfisbenídeos em ambientes de Mata Atlântica no estado de Minas Gerais são escassos. O presente trabalho teve como objetivo realizar um inventário faunístico de lagartos e anfisbenídeos na Fazenda Fortaleza de Sant’Anna, na Zona da Mata mineira, e fornecer informações a fim de ampliar o conhecimento da distribuição e composição da fauna de répteis Squamata do estado de Minas Gerais. A região onde o estudo foi realizado está inserida em uma das áreas prioritárias para a conservação da herpetofauna do Estado. As amostragens foram feitas no período entre fevereiro e dezembro de 2011, totalizando 28475 dias/balde e 56950 dias/funil. Foram instalados conjuntos de armadilhas de interceptação e queda, e armadilhas de funil em nove pontos do fragmento, três localizados na matriz no entorno da mata, três na borda da mata e três em áreas centrais do fragmento. Foram registrados 47 espécimes pertencentes a 12 espécies, distribuídas em 10 famílias: Amphisbaenidae, Anguidae, Diploglossidae, Gekkonidae, Gymnophthalmidae, Leiosauridae, Phyllodactylidae, Scincidae, Teiidae e Tropiduridae, sendo que o filodactilídeo Gymnodactylus darwinii foi a espécie mais abundante (n = 15) e a única encontrada em todas as áreas de amostragem com armadilhas. A espécie que se destacou dentre as menos abundantes foi Diploglossus fasciatus (n = 1), pois seus hábitos solitários e a baixa densidade em suas populações tornam seu registro mais raro. Entre as 12 espécies registradas, as exclusivas do ambiente “Matriz” foram Amphisbaena microcephala, Diploglossus fasciatus e Ophiodes striatus, no de “borda” foram Mabuya dorsivittata e Placosoma glabellum e na “Central” foi Heterodactylus imbricatus. Não houve diferença significativa na frequência de ocorrência entre as áreas de matriz, borda e centro do fragmento (t = 0,1955; p= 0,8989). A análise de variância mostrou que não houve diferença significativa no número de espécimes amostrados por cada área (t = 0,5937; p = 0,6717). A curva de acumulação de espécies dos pontos de coleta indicou que não houve estabilização no acréscimo de espécies de lagartos e anfisbenídeos para a região, indicando a necessidade de continuidade do trabalho.