Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Montes, Guilherme Gaio
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Orientador(a): |
Pinto, Vicente Paulo dos Santos
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Banca de defesa: |
Silva, Camila Neves
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Guimarães, Mauro
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Geografia
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16273
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Resumo: |
O conhecimento hegemônico, universal e dominante, que tem origem eurocêntrica, baseada na colonialidade, na modernidade, na racionalidade e no capitalismo, é imposto como padrão para as pedagogias/epistemologias no mundo. Porém, há também movimentos de resistência, que propõem abordagens educativas e visões alternativas à hegemônica, fundamentadas principalmente no paradigma Pós-Desenvolvimental. Essas abordagens questionam os modelos de desenvolvimento capitalista, ao valorizar um modelo de progresso baseado na cultura local e nas etnografias locais. Além disso, há perspectivas Decoloniais, que se caracterizam por conhecimentos periféricos e revolucionários que emergem de esferas de pensamentos não dominantes, e que promovem uma ação política contrária ao pensamento hegemônico. Por último, há as perspectivas Pós-Abissais, que nascem da situação de subalternidade e resistem à colonialidade, gerando reflexões que desafiam o pensamento abissal que derivam da modernidade. O meio rural é um espaço de disputa entre agentes que promovem pedagogias coloniais/modernas/hegemônicas e pensamentos outros, ligados aos saberes tradicionais dos sujeitos do campo, da luta pela terra, de origem primordialmente decolonial, pós-abissal e pós-desenvolvimental, principalmente a partir da existência de uma educação do campo que surge historicamente ao lado dos assentamentos de reforma agrária. Diante disso, este trabalho é uma pesquisa qualitativa, que busca compreender como os jovens assentados, estudantes de cursos superiores voltados aos sujeitos do campo, fazem ciência contrahegemônica/decolonial/pós-desenvolvimental/pós-abissal, a partir da existência de uma educação do campo que desafia o pensamento dominante universal por meio de pedagogias e saberes que nasceram “da” e “na” luta pela terra. Para isso, foi feita uma revisão bibliográfica e um estudo empírico, baseado em entrevistas feitas em campo com jovens moradores do assentamento Dênis Gonçalves, no interior do Brasil, que são militantes do MST e estudantes do ensino superior. |