Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Santos, Higor Mozart Geraldo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/24807
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Resumo: |
Em fins dos oitocentos, ao longo da segunda porção dos oitocentos, são insistentes as lamúrias de políticos mineiros a pintar assombrosa situação letárgica nas Gerais. Enxergando o território mineiro mormente a partir de seu acento fisiográfico, esculpia-se a imagem de um paraíso identificado como locus inequívoco da decadência; quadro que contribuía para metamorfosear Minas Gerais em “território da espera” (VIDAL, 2005, 2007, 2012) – denominação reveladora de espécie de “dormência territorial”, mas também alardeadora da “esperança pelo progresso”. Acreditava-se que o território, descrito quase como uma entidade, apresentaria forte desejo por “próteses técnicas” capazes de fazer todo seu potencial desabrochar. Diante desse cenário em tela, nosso trabalho se devotou a discutir como imaginações geográficas forjavam a ideia de Minas Gerais como um “território da espera” e contribuíam para legitimar projetos desenvolvimentistas com vistas à superação do propalado atraso. Para consecução de tal propósito, manejamos diferentes fontes primárias e produzimos materiais cartográficos dedicados a captar as diferentes nuances da espera mineira e destacamos, em especial, as tensões que envolveram o “torneio da transferência da capital” de Ouro Preto para Belo Horizonte. Ao fim e ao cabo, verificamos que as variadas retóricas da espera – pronunciamentos oficiais, artigos jornalísticos, poesias, crônicas, peças teatrais – encontravam na paisagem importante lastro para a construção de argumentações que rechaçavam um tempo e espaço dormentes e incitavam medidas de cunho desenvolvimentista de vultuosas repercussões territoriais. Imersas em diferentes gradientes de mineiridade e regionalismo, essas insistentes referencias espaço-temporais escancaravam táticas geográficas e noções de ritmo e demonstram que a ideia de “espera” é preciosa chave de leitura no entendimento das Geografias das Gerais. Mais que isso: o matrimônio entre espera e território, entre tempo e espaço, indica, que enlaçada à “história social da espera” (VIDAL, 2005, 2010), poderíamos pensar também em uma “geografia da espera” – ou, na flexão mais apropriada: em geografias das esperas |