Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Vivas, Yara Abrão Vasconcelos
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Orientador(a): |
Neto, Abrahão Elias Hallack
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Banca de defesa: |
Mota, Mariza Aparecida
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Duarte, Fernando Barroso
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11794
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Resumo: |
O transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas é realizado desde o final da década de 90 para tratamento do mieloma múltiplo, entretanto as taxas de resposta e sobrevida não são homogêneas entre os indivíduos. No intuito de avaliar os fatores associados a resposta e sobrevida em pacientes submetidos ao transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas, em primeira linha, realizou-se uma análise retrospectiva de um único centro brasileiro. Foram avaliados 140 prontuários, todos os pacientes submetidos ao transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas de maio de 2004 a outubro de 2017, sendo excluídos os que haviam sido submetidos previamente ao transplante ou não possuíam dados suficientes em prontuário. As variáveis analisadas foram às relacionadas ao estadiamento ISS e Durie-Salmon, características clínicas ao diagnóstico, tipo de indução, número de ciclos e resposta pré e pós transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas. Foram calculadas a sobrevida livre de evento e sobrevida global, e sua relação com os fatores estudados. Um total de 137 pacientes foram incluídos no estudo, com uma média de idade de 52,0 anos, sendo 59,1 % do sexo masculino. Cinquenta e dois pacientes (38%) foram à óbito, sendo 6 (4,4%) desses durante o transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas. A sobrevida global foi de 63,8 % e a sobrevida livre de evento foi 25,1% em 5 anos, com uma mediana de 29 meses. A sobrevida global foi menor nos pacientes com anemia ao diagnóstico (p = 0,006). A sobrevida livre de evento foi inferior para aqueles pacientes que necessitaram de mais de uma linha de quimioterapia na indução. A boa resposta à terapia de indução, foi o principal fator relacionado à uma resposta mais profunda, ou seja, respostas terapêuticas iguais ou superiores a resposta parcial muito boa, após o transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas (p = 0,001). Embora ainda exista uma grande lacuna sobre os fatores que influenciam o sucesso do transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas autólogo para o mieloma múltiplo, os nossos dados foram semelhantes aos encontrados na literatura, evidenciando a importância da anemia ao diagnóstico, como um fator prognóstico independente para a sobrevida global. |