A imprensa do Recife na crise dos anos 1920: a repercussão do levante tenentista no Jornal do Commercio e na Tribuna Religiosa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: ALFINO, Luiz Carlos dos Prazeres Serpa
Orientador(a): SOUZA, Marco Antonio Mondaini de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11561
Resumo: Os primeiros anos da década de 1920 foram determinantes na vida da sociedade brasileira, constituída nos moldes das oligarquias hegemônicas, sob o domínio da economia cafeeira desde os idos do Império. Esse período marcado por intensas movimentações de ordem política e social, investidas de sentimentos nacionalistas e de diversas correntes de pensamento e de concepções ideológicas, acarretará, no seio da sociedade civil, muitos protestos contra o status quo vigente. Neles se concentraram quatro acontecimentos de forte ordem simbólica: a Semana de Arte Moderna, a fundação do Partido Comunista Brasileiro, a fundação do Centro Dom Vital vinculado à revista A Ordem, de origem católica, e a explosão da Revolução Política Tenentista. As rebeliões tenentistas apontam a inflação e o desequilíbrio orçamentário como os grandes males sociais, assim como a fraude e as desigualdades regionais, produzindo uma inflexão na vida política brasileira, e suscitando, em alguns setores militares, a esperança de uma ‘possível’ alteração do poder que se concentrava nas oligarquias. A intensa atividade jornalística em Pernambuco possibilitou a existência de uma grande rede de jornais, dentre os quais se destacam o Jornal do Commercio e A Tribuna Religiosa. O primeiro atuou como imprensa oficial do Estado de Pernambuco, de setembro de 1920 a março de 1924. O segundo foi o principal jornal católico do Estado e, a partir de fevereiro de 1907, passa a ser um órgão da Diocese de Olinda, tonando-se a imprensa oficial da Igreja Católica em Pernambuco, a voz do Vaticano. É a partir da apreciação dos respectivos jornais que se tem como objetivo analisar as repercussões do Levante Tenentista, ocorrido em julho de 1922, utilizando-se como procedimentos metodológicos a Análise do Discurso vinculado à produção dos sentidos, e a Análise de Conteúdo, quando os citados jornais encontravam-se credenciados pelo Estado e pela Igreja Católica como imprensa oficial, tendo na atuação de seus intelectuais, as contribuições para os critérios de construção da notícia, divulgando em seus editoriais e noticiários os acontecimentos que expressavam as transformações ocorridas na estrutura da sociedade e os meios de sua transmissão, sob o respaldo de um discurso institucional.