Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Alessandra Montezano de Paula
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Orientador(a): |
Silva, Girlene Alves da
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Banca de defesa: |
Rabello, Elaine Teixeira
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Almeida, Geovana Brandão Santana
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1817
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Resumo: |
Ao princípio da equidade são atribuídos diversos significados, que ancorados em diferentes valores éticos, podem influenciar o modo de se fazer a assistência em saúde. As doenças sexualmente transmissíveis (DST) têm-se apresentado como situações que culturalmente trazem estigma, preconceito e discriminação ao seu portador. Esse cenário constitui-se como campo fértil para que velhas e novas representações sejam elaboradas. Assim, visando contribuir para a problematização do discurso das estratégias dos profissionais para o cuidado em saúde ao portador de DST sob o prisma da equidade, este estudo teve como objetivos: analisar as representações sociais sobre o princípio da equidade para os trabalhadores da Estratégia de Saúde da Família (ESF) no cuidado em saúde aos portadores de DST e discutir a relação existente entre as representações sociais desses trabalhadores sobre a equidade e o cuidado em saúde aos portadores de DST. De abordagem qualitativa, o trabalho teve como pressuposto teórico-filosófico a Teoria das Representações Sociais. Foram entrevistados vinte profissionais de saúde de nível universitário dentre enfermeiros, médicos e cirurgiões-dentistas, que trabalham na rede de atenção básica em saúde de unidades com ESF do município de Viçosa – MG. Os discursos foram organizados por meio do software OpenLogos e analisados conforme a análise de conteúdo temática proposta por Bardin. Da análise dos depoimentos emergiram quatro categorias: os princípios do SUS nas representações dos trabalhadores da ESF; representações sobre a equidade no SUS e no trabalho cotidiano em saúde; necessidades de saúde e a equidade no cuidado ao portador de DST; conexões e fluxos da rede de cuidado em saúde ao portador de DST. Os achados deste estudo demonstram que não existe um entendimento único para o princípio da equidade entre os profissionais entrevistados. No entanto, eles reconhecem que a equidade é fundamentada na defesa de uma situação de justiça a ser instaurada mediante as diferentes necessidades de saúde das pessoas. Nas “maneiras de se fazer” o princípio da equidade no cuidado ao portador de DST, identificou-se a desconstrução de uma visão curativista, biológica e fragmentada diante da valorização das tecnologias relacionais para uma atenção mais equânime e adequada. As representações também apontam os entraves existentes, do próprio sistema de saúde, para conformação estrutural e organizativa dos serviços de saúde nos moldes de um modelo assistencial usuário-centrado. Espera-se que os resultados deste estudo possibilitem uma contribuição para proferir reestruturações importantes no processo de trabalho dos profissionais da atenção primária e na organização da rede de serviços ao portador de DST, que remodele as práticas profissionais no sistema de saúde numa lógica inclusiva do conceito da diversidade. |