Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Delgado, Marcio de Paiva
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Orientador(a): |
Delgado, Ignácio Godinho
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Banca de defesa: |
Lobo, Valéria Marques
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em História
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3263
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Resumo: |
Entre a Constituição de 1946 e o Golpe Militar de 1964, o Brasil atravessou um período democrático marcado por várias crises políticas. Dentre os novos partidos da redemocratização, a UDN iria se destacar como a principal oposicionista dos governos federais no período, e apesar da sua formação heterogênea inicial e de sua constante diversidade, ela se posicionaria “à direita” do cenário político. No seu quadro de membros partidários mais influentes, estava presente o jornalista Carlos Lacerda – proprietário, diretor e editor do jornal Tribuna da Imprensa. O jornal, que foi se tornando um dos principais palanques da UDN, foi também um instrumento poderoso para a construção de um discurso radicalmente oposicionista em relação às esquerdas, a Getúlio Vargas e a seus “herdeiros”. O jornal refletia a vertente mais radical da UDN, tendo em determinados momentos, como nos anos 50, um discurso claramente golpista o qual defendia a quebra da legalidade em nome de uma suposta “verdadeira” democracia, diferente e sem as influências da nascida ao apagar das luzes do Estado Novo. Em outros momentos, como durante as crises dos anos 60, mudou o discurso para atacar o governo federal, acusando-o de subversivo e agitador. Ajudando a configurar dentro da UDN o movimento conhecido como lacerdismo, vinculado diretamente a figura do jornalista Carlos Lacerda, a Tribuna da Imprensa fez a ligação entre a atuação parlamentar da UDN radical junto à opinião pública nos momentos de crise institucionais. Carlos Lacerda destacou-se na imprensa atacando duramente o governo através de vários aparelhos de comunicação de massas: a imprensa escrita, o rádio e a televisão, os quais foram importantes para a divulgação e construção de sua imagem junto à população, tornando-se um grande líder político a nível nacional. |