Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Ana Beatriz de Vilhena
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Orientador(a): |
Rodrigues, Elisa
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Banca de defesa: |
Camurça, Marcelo Ayres
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Scheliga, Eva Lenita
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4653
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Resumo: |
A presente pesquisa aborda a discussão sobre a religiosidade cristã no cárcere, enquanto possibilidade de discurso norteador de condutas individuais e coletivas. A presença de religiosos de confissões cristãs nas instituições penais demonstra a importância desse segmento na dinâmica social da prisão e evidencia de maneira clara as diferenças entre o comportamento dos detentos não religiosos e os que professam a religiosidade cristã, sobretudo evangélica. Nesse sentido, a pesquisa, realizada na Penitenciária Professor Ariosvaldo de Campos Pires, em Juiz de Fora, trata das especificidades das condutas adotadas pelos detentos convertidos à religiosidade evangélica, sua influência na dinâmica social do cárcere e no cotidiano das relações que ali se desenvolvem. Para tanto, utilizo dois conceitos principais: o de “proceder” – que designa um complexo número de regras criadas por e seguidas ou não pelos detentos – conforme elaboração de Marques (2009) - e o de “conversão religiosa”, utilizado no sentido de mudança de visão de mundo do fiel. Constatei que, a partir da conversão, o detento passaria por uma reforma moral subjetiva que se reflete em sua interação com o coletivo e, assim, daria seguimento aos preceitos e valores cristãos em forma de uma conduta moralmente aceitável, resultando o “proceder evangélico”, ou seja, espécie de código de condutas seguido por presos religiosos. Os detentos que aderem a tal “proceder” sofrem intensa vigilância (tanto por parte dos próprios detentos, como pelos funcionários em geral) como forma de teste de sua fé, de modo que não podem cometer nenhuma contravenção, o que nos leva à compreensão de que há certa noção de moralidade religiosa que norteia tanto quem vigia quanto quem é vigiado. Assim, o “proceder” religioso consistiria numa prática ou conduta que se orienta pela moralidade – palavra – cristã. A pesquisa foi realizada na Penitenciária Professor Ariosvaldo de Campos Pires, Juiz de Fora. |