Vamos ficar lá no quintal": sentidos produzidos por uma coordenadora de creche sobre o espaço externo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Amorim, Eliza Kelly Grosman lattes
Orientador(a): Moreira, Ana Rosa Costa Picanço lattes
Banca de defesa: Fochi, Paulo Sérgio lattes, Teixeira, Maria do Carmo Couto lattes, Dias, Juliana Maddalena Trifilio
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14395
Resumo: Esta pesquisa de mestrado está vinculada à linha de pesquisa “Discurso, Práticas, Ideias e Subjetividades em Processos Educativos” do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora – MG. A questão de estudo foi: Quais os sentidos sobre o ambiente externo da creche – o “quintal”- produzidos pela coordenadora pedagógica da instituição? Buscou-se atingir o seguinte objetivo geral: compreender os sentidos sobre o ambiente externo da creche – o “quintal”- produzidos pela coordenadora pedagógica da instituição. Os objetivos específicos foram: (a) relacionar as narrativas da coordenadora pedagógica acerca das memórias de infância e experiências de formação docente com a organização do espaço externo da creche; e (b) analisar a organização espacial do “quintal” considerando as interações e brincadeiras das crianças. A pesquisa foi desenvolvida em uma creche conveniada do município de Juiz de Fora – MG, que possuía área verde com várias intervenções espaciais planejadas e organizadas pela coordenadora e pelas professoras da creche. O estudo abordou o espaço-ambiente externo a partir de uma perspectiva histórico-cultural e interdisciplinar, tecendo diálogo entre estudos das áreas de Arquitetura, Psicologia Ambiental e Geografia. O estudo teve o pensamento de Lev Vigotski e Walter Benjamin como sustentação teórica. A pesquisa foi de natureza qualitativa, e constituiu-se num Estudo de Caso. Para a produção dos dados empíricos foram utilizados como instrumentos e métodos: a observação participante, os registros em notas de campo, a fotografia, a videogravação (primeira fase) e a entrevista narrativa dialogal realizada com a coordenadora da creche (segunda fase). A análise dos dados incidiu sobre três aspectos: memórias das vivências na infância; formação docente; e interações e brincadeiras das crianças no quintal. Os resultados evidenciaram que o “quintal” foi idealizado a partir das rememorações das experiências na infância da coordenadora, e foi potencializado com a formação em serviço. Na percepção da coordenadora, o “quintal” tem favorecido o brincar livre e autônomo das crianças. Espera-se que esse estudo possa contribuir para o avanço do conhecimento sobre a potencialidade das áreas externas na aprendizagem e desenvolvimento infantil e, especialmente, problematizar esse tema na rede de Educação Infantil do município de Juiz de Fora/MG.