Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Paula, Débora Janine da Cunha
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Orientador(a): |
Chaoubah, Alfredo
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Banca de defesa: |
Almeida, Alessandra Maciel
,
Oliveira, Camila Maciel de
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/518
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Resumo: |
A carga econômica das doenças crônicas produz elevados custos para os sistemas de saúde e sobretudo, para a sociedade. Diante disso, o Ministério da Saúde vem adotando estratégias a fim de reduzir o ônus dessas doenças à população brasileira. Em Minas Gerais, uma das estratégias usadas foi a implantação do “Programa Hiperdia Minas”, que possui a finalidade de estruturação da rede de atenção à saúde de portadores de hipertensão arterial, diabetes mellitus e doença renal crônica através do sistema regionalizado e integrado de serviços de saúde. Diante dos crescentes custos e recursos financeiros limitados, o desafio para a alocação de recursos está presente nos diversos cenários de saúde. Considerando-se a relevância do diabetes no âmbito da saúde pública e a escassez de estudos que analisam os custos desta doença, especialmente os custos da atenção secundária, o presente estudo teve como objetivos analisar os custos diretos médicos e a efetividade do tratamento de diabéticos, atendidos no Centro Hiperdia de Juiz de Fora - MG sob a perspectiva do Sistema Único de Saúde. Trata-se de uma avaliação econômica parcial do tipo análise de custos e de resultados. Foram mensurados os custos diretos do tratamento do diabetes tipo 2 para os componentes medicamentos, exames laboratoriais e complementares, consultas médicas e não médicas, e ainda, o automonitoramento da glicemia capilar por um período mínimo de um ano. Para o cálculo do custo, adotou-se os valores das consultas e exames da Tabela de Procedimentos Unificada do SUS, para o tratamento medicamentoso o preço de fábrica dos medicamentos do Banco de Preços da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, e, para o automonitoramento da glicemia o preço do Banco de Preços em Saúde. A efetividade foi definida como o percentual de pacientes que atingiram a meta do tratamento de acordo com os valores de HbA1c para adultos < 7% e para os idosos ≤ 8%. Dos 168 pacientes selecionados, houve predomínio do sexo feminino (65,9%), casados (55,3%), com nível de escolaridade fundamental incompleto (64,1%), aposentados (31,5%), de cor da pele parda (37,6%), a idade média foi de 60,04 anos ± 10,69. O custo médio anual do tratamento por paciente foi de R$ 1478,79, sendo o tratamento medicamentoso o responsável pelo maior custo (67,06%). Não houve diferença do custo total em relação ao sexo, idade, estado civil e escolaridade. Porém, associou-se de modo significativo ao número de comorbidades, sendo este maior quanto mais comorbidades apresentadas (p=0,033). A efetividade foi alcançada por 40,97%, sendo que, 76,3% dos que atingiram tinham 60 anos ou mais (p=0,001). Estudos em nível nacional podem ajudar a conhecer com exatidão o peso social e econômico da doença e com isso, contribuir para a elaboração de políticas de saúde ao diabético. Igualmente, é indispensável fortalecer os serviços de atenção primária e secundária à saúde a fim de reduzir o impacto da doença, através de melhores condições de acesso aos serviços de saúde e da qualidade dos mesmos. |