A esplenectomia aumenta as lesões ateroscleróticas em camundongos deficientes em apoproteína “E” submetidos a uma dieta aterogênica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Rezende, Alice Belleigoli lattes
Orientador(a): Teixeira, Henrique Couto lattes
Banca de defesa: Petroianu, Andy lattes, Oliveira, Dirce Ribeiro de lattes, Gameiro, Jacy lattes, Mourão Júnior, Carlos Alberto lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4949
Resumo: A aterosclerose é uma doença imune-inflamatória associada ao acúmulo de lípides na camada íntima das artérias. O baço desempenha uma importante função imunológica, mas a sua participação no desenvolvimento da aterosclerose permanece controversa. Considerando que a incidência de esplenectomias totais ainda é alta e que a doença aterosclerótica é prevalente, é de grande importância que se verifique se o tecido esplênico influencia no processo de aterosclerose. Neste trabalho, o impacto da esplenectomia no desenvolvimento da aterosclerose foi avaliado em camundongos deficientes em apoproteína E (apoE). Os animais foram divididos em dois grupos: grupo controle (CT), composto de camundongos deficientes em apoE submetidos a um procedimento cirúrgico simulado; e grupo esplenectomia total (ET), camundongos deficientes em apoE submetidos à esplenectomia total. Trinta dias após a cirurgia, os animais foram submetidos a uma dieta aterogênica enriquecida com 0,15% de colesterol. Após oito semanas, os animais foram eutanasiados e o sangue, o coração e a aorta foram submetidos à análise. Os níveis séricos de colesterol total e de anticorpos anti-LDL oxidada foram avaliados. As áreas de lesão aterosclerótica na raiz da aorta foram quantificadas por morfometria em cortes histológicos corados com hematoxilina-eosina. As lesões ateroscleróticas nas porções torácica e abdominal das aortas foram determinadas pela porcentagem da superfície luminal corada com Sudan IV em relação à área total do vaso. Os resultados mostraram que os níveis séricos de colesterol total não foram alterados pela esplenectomia e que os títulos de anticorpos IgG anti-LDL oxidada foram semelhantes entre os grupos. No entanto, foi observada uma maior porcentagem de lesões ateroscleróticas nas porções torácica e abdominal das aortas de animais esplenectomizados. Além disso, camundongos esplenectomizados apresentaram lesões ateroscleróticas na raiz da aorta significativamente maiores do que os animais controles. Estes dados indicam, em conjunto, que a esplenectomia está associada ao aumento das lesões ateroscleróticas em camundongos deficientes em apoE submetidos à dieta aterogênica, sugerindo um papel ateroprotetor do baço no modelo estudado.