Zoneamento da susceptibilidade à ocorrência de escorregamentos na Bacia Hidrográfica do Córrego do Yung

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Faria, Rosana Lino de lattes
Orientador(a): Zaidan, Ricardo Tavares lattes
Banca de defesa: Marques Neto, Roberto lattes, Vieira, Bianca Carvalho lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Geografia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/4147
Resumo: No Brasil, o estudo dos processos relacionados a movimentos de massa em áreas urbanas tem crescido devido ao elevado número de ocorrências e, muitas delas com vítimas fatais. Na cidade de Juiz de Fora, e em seu contexto a Bacia do Córrego do Yung, o crescimento do número de ocorrências de movimentos de massa está relacionado às características físicoambientais e à ocupação irregular das encostas. Para a predição desse tipo de processo inúmeras metodologias têm sido propostas no mundo científico, e dentre muitas, o modelo matemático determinístico SHALSTAB (Shallow Stability), tem se sobressaído por apresentar resultados muito bons em várias regiões do mundo, como EUA, Itália, Canadá, Brasil, dentre outros. A partir disso, o objetivo desse trabalho foi criar um Mapeamento de Risco a Movimentos de Massa na Bacia do Córrego do Yung através da análise da instabilidade à movimentos de massa e da análise do tipo de cobertura e uso da terra. Para isso foi necessário gerar um modelo digital de elevação, para obter os parâmetros geomorfológicos (declividade e área de contribuição), base para o mapeamento da susceptibilidade à movimentos de massa. Para o mapeamento da cobertura e uso da terra foi utilizada a cobertura aerofotogramétrica da área, fornecido pela Defesa Civil/PJF, onde se destacaram 6 classes de uso, dentre elas as áreas edificadas, as áreas com cobertura vegetal e as áreas referentes à corpos d’água. Os resultados apontaram que a Bacia do Córrego do Yung ainda se encontra em processo de urbanização, uma vez que apenas 12,2% da sua área se encontra edificada e outros 58,5% se encontra ocupada apenas por vegetação rasteira ou pastagem. Em relação à análise da instabilidade da bacia percebeu-se que grande parte das áreas classificadas com algum grau de instabilidade está localizada na porção sul e sudeste da bacia, região com alto índice de ocupação. Nesta análise verificou-se que 0,25 km2 ou 0,55% da área da bacia é considerada Instável pelo modelo SHALSTAB, dentro das quais foram mapeadas 47 das cicatrizes. Em relação ao Zoneamento de Risco a Movimentos de Massa percebeu-se que 0,02 km2 ou 0,10% da área total da bacia é considerada de altíssimo risco e que apenas 25,25% é considerada de baixo risco. Com base nesses resultados percebeu-se que o uso de modelos matemáticos para a previsão de movimentos de massa associado ao conhecimento da cobertura e uso da terra é uma ferramental fundamental para se mapear as condições de risco em áreas ocupadas em bacias hidrográficas. Espera-se que este estudo possa orientar pesquisas posteriores e auxiliar os diversos órgãos competentes na gestão de áreas de risco na cidade de Juiz de Fora.