Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Albuquerque, Ana Cláudia Santos de
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Orientador(a): |
Fraga, Paulo César Pontes
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Banca de defesa: |
Dutra, Rogéria Campos de Almeida
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Martins, Rogéria da Silva
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/5414
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Resumo: |
Nos últimos anos, têm-se intensificado os debates sobre drogas, principalmente no que tange ao consumo e ao comércio de entorpecentes praticados por adolescentes. Esses debates não se restringem à caracterização do evento, sendo muito comum a sua associação às manifestações de violência ou crime. No Brasil, as experiências pessoais com substâncias psicoativas, principalmente aquelas ligadas às drogas ilícitas, são abordadas como problema de saúde pública e/ou de justiça. O discurso dominante fundamenta-se na lógica repressiva e proibicionista. Tendo em vista a realidade a que se apresenta, esta dissertação baseou-se em uma pesquisa, que teve como objetivo investigar visões e representações de adolescentes sobre drogas, de forma a explorar: informações; experiência; possíveis relações com a violência; políticas e ações de drogas. A pesquisa foi realizada com estudantes, cuja idade variava entre 13 e 15 anos, matriculados no oitavo e nono ano do ensino fundamental em uma escola estadual do município de Cataguases, localizado na zona da mata de Minas Gerais. O método qualitativo subsidiou a compreensão das representações, a inteligibilidade dos fenômenos sociais e os significados atribuídos pelos atores aos eventos da droga. A técnica utilizada para coletar as informações no campo foi a de grupo focal. Através de uma conversa com objetivos previamente definidos, trabalhamos com as percepções do público investigado e chegamos aos seguintes resultados: o consumo e o comércio de drogas fazem parte do cotidiano dos adolescentes, sendo comuns experiências diretas e indiretas; as informações sobre as substâncias psicoativas, por boa parte dos alunos, são permeadas pelo discurso proibicionista; existe o entendimento de que a droga tem relação com a violência, principalmente quando envolve o tráfico de drogas; os alunos conhecem muito pouco as políticas e as ações desenvolvidas para prevenção às drogas. A partir dos relatos dos entrevistados, comparamos o discurso prático dos adolescentes com o discurso científico. Ao final, abordamos um conjunto de questões que devem ser analisadas para a compreensão da droga e suas possíveis relações, levando em consideração a complexidade do evento. Os enunciados de Brochu (2006) e Da Agra (2008), calcados na perspectiva interacionista, sugerem outra forma de “tratar o problema” do consumo e comércio de drogas. |