Modulação da ativação de macrófagos por fatores secretados por adipócitos NIH3T3-L1 durante a infecção por Mycobacterium bovis BCG, IN VITRO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Albertoni, Ana Luíza da Silva lattes
Orientador(a): Almeida, Patrícia Elaine de lattes
Banca de defesa: Bozza, Patricia Torres lattes, Teixeira, Lívia lattes, Mietto, Bruno de Siqueira lattes, Andreazi, Ana Eliza
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2021/00086
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13697
Resumo: Introdução: Considerada uma doença crônica e multifatorial, a obesidade é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Além do excesso de gordura corporal, a obesidade é caracterizada por um estado inflamatório de baixo grau, conhecido como metainflamação. Fatores genéticos, ambientais e distúrbios metabólicos têm sido propostos como gatilhos para inflamação que envolve a sinalização/interação entre os adipócitos e macrófagos. Fatores secretados por adipócitos (FSA), são propostos como moduladores de perfil macrofágico (M1, M2) e são capazes de intensificar a inflamação metabólica. Entre eles, estão as citocinas, adipocinas e vesículas extracelulares (VE's). Além disso, fatores de transcrição têm um papel importante como o receptor nuclear PPARγ, ativado por ligantes lipídicos, com propriedades imunorreguladoras na função dos macrófagos. PPARγ induz a formação de corpúsculos lipídicos (CL)s durante infecções por patógenos intracelulares, como por Mycobacterium bovis BCG. Os CLs são organelas dinâmicas com funções no estoque lipídico, síntese de mediadores inflamatórios, sinalização celular e são sítios intracelulares para a sobrevivência de patógenos. Os mecanismos envolvidos na via de sinalização e metabolismo lipídico por fatores secretados por adipócitos e macrófagos, bem como seu impacto no curso da infecção por patógenos intracelulares não estão bem conhecidos. Métodos: as análises de LBs foram realizada por microscopia de campo claro e fluorescência, o ensaio de citocinas por ELISA e expressão de PPARy por Western Blot. O isolamento de EVs foi feito por uma série de centrifugações seguidas de quantificação por citometria de fluxo, caracterização por Zetasizer, e dosagem protéica por Micro BCA. Resultados: A infecção por BCG induz a formação de CLs, que foi potencializada na presença de FSA. Concomitantemente, a expressão do PPARy também foi potencializada por FSA. Além disso, GW9662 inibiu a expressão desse receptor durante a infecção. A produção de TNF-α foi regulada negativamente, enquanto IL-10 e KC foram positivamente modulados em macrófagos infectados e estimulados com FSA. Além disso, a produção de adiponectina foi aumentada em macrófagos controles estimulados com FSA, um efeito que foi inibido durante a infecção por BCG. No estudo sobre o papel das subpopulações de VEs, (microvesículas ou exossomos), verificou-se uma modulação positiva sobre a biogênese dos CLs e a ativação de macrófagos, induzindo a síntese de TNF-α e IL-10. Além disso, as microvesículas foram capazes de induzir KC, que foi modulada negativamente nos grupos infectados, efeito que não foi observado para macrófagos estimulados com exossomos. Conclusão: Nossos resultados sugerem que VEs têm um papel modulador na ativação de macrófagos infectados com BCG, atribuído à formação de CLs, expressão de PPARγ e síntese de citocinas, que podem contribuir para mudanças no estado de polarização destas células. No entanto, estudos futuros ainda serão realizados para ajudar a elucidar os mecanismos de modulação das VEs sobre macrófagos durante infecções por patógenos intracelulares, como M. bovis BCG.