Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Reis, Marcio Fernandes dos
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Orientador(a): |
Chaoubah, Alfredo
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Banca de defesa: |
Gonçalves, Giovanna Barros
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Colugnati, Fernando Antonio Basile
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Faculdade de Medicina
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/384
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Resumo: |
Introdução: as doenças crônico-degenerativas, entre elas as cerebrovasculares ocupam posição de destaque em relação às suas comordidades e taxas de mortalidades mundiais. O acidente vascular cerebral (AVC) se enquadra no rol dessas doenças e é caracterizada pela obstrução ou ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro, ocasionando comprometimentos psicomotores ou até mesmo a morte. Fatores relacionados à idade avançada, hipertensão arterial, presença de diabetes e hipercolesterolemia estão entre os principais fatores de risco para a doença. A economia da saúde estuda novas perspectivas para compreender a área, integrando elementos da economia como os custos, gastos e resultados nos processos de avaliação da saúde. O principal objetivo foi identificar o custo total do tratamento ambulatorial desses pacientes pela perspectiva do Sistema Único de Saúde. Material e Métodos: a pesquisa foi transversal, com avaliação dos pacientes hemiplégicos agendados para tratamento fisioterapêutico na Subsecretaria da Cidade de Juiz de Fora. Compuseram a pesquisa, além da descrição do perfil clínico-epidemiológico do usuário, o custo total (custos indiretos e diretos) e o custo-utilidade do tratamento. Assim, um questionário elaborado pelo autor foi aplicado nesses pacientes, propiciando obter dados para as avaliações econômicas e clínico-epidemiológicas. Resultados: O custo total do tratamento dos pacientes sequelados de AVC no ano de 2014 foi de R$ 656.025,00, com média de R$ 6.904,00 por paciente, sendo composto pelos custos diretos (11%) e pelos custos indiretos (89%). Metade dos custos diretos foi relacionado ao tratamento fisioterapêutico, seguido dos gastos com medicamentos (26%), uso de órteses (8%), recebimento de vale-transporte para o tratamento (7%), exames complementares (5%) e consultas médicas (4%). Os custos indiretos foram divididos pela aposentadoria por invalidez (53%) e os benefícios concedidos pelo INSS (47%). A relação custo-utilidade encontrada para esses pacientes foi de R$ 13.052,93 ao ano. Na avaliação dos custos por categorias foram encontradas diferenças estatísticas entre os custos totais quando comparadas pela idade atual do paciente e idade no momento do AVC, cronicidade da doença, existência de trabalho próprio no momento do trauma e valor da renda (p<0,05). Conclusão: os custos totais do tratamento ambulatorial de pacientes de AVC na cidade de Juiz de Fora variaram principalmente em função dos custos indiretos, com maiores cifras para os pacientes mais jovens, inseridos há mais tempo no serviço de reabilitação, economicamente ativos no momento do AVC e maior valor da renda. |