A valsa de águas-vivas: racismo e patrimônio cultural em Juiz de Fora, Minas Gerais
Ano de defesa: | 2021 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em História
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2021/00118 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13113 |
Resumo: | A presente pesquisa concentra-se na reflexão sobre o racismo estrutural presente na sociedade brasileira e, aqui como eixo central de discussão, a formação do patrimônio cultural. Entende-se que o racismo é componente basilar das dinâmicas sociais, econômicas e políticas no Brasil e, por isso, também está presente no campo da cultura, proteção e preservação de bens. Dessa forma, analisou-se a construção da política de preservação e seu órgão oficial, buscando compreender seus agentes como indivíduos políticos, imbuídos de percepções e direcionamentos ideológicos próprios de seu tempo. Nesse sentido, correntes filosóficas emergiram e auxiliaram na compreensão da formação do patrimônio, visto que percebe-se uma ampla capilaridade das ideias de determinismo social, raça e do mito da democracia racial como base fundamental da cultura no país. Dessa forma, desde 1937 até a atualidade, é possível perceber como essas ideias continuamente guiaram as seleções preservacionistas no país. Compreendendo que essa é uma realidade presente na maior parte dos municípios brasileiros, focalizamos Juiz de Fora, Minas Gerais, como estudo de caso, visto seu pioneirismo na proteção e significativo número de bens protegidos. O município concentra seus bens em partes específicas de sua área urbana, resguardando a memória e história de alguns grupos e silenciando tantos outros, o que acredita-se estar intimamente ligado ao racismo estrutural. Além disso, um processo de registro em tramitação de uma manifestação evidentemente racista contribui para a reflexão sobre as formas que o racismo se apresenta na sociedade e na sua percepção de cultura. |