Habitação unifamiliar: memória, patrimônio e cidade – a região do Alto dos Passos em Juiz de Fora/MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Nascimento, Victor Hugo Godoy do lattes
Orientador(a): Filho, Antonio Ferreira Colchete lattes
Banca de defesa: Paula, Frederico Braida Rodrigues de lattes, Monteiro, Patricia Menezes Maya lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ambiente Construído
Departamento: Faculdade de Engenharia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/91
Resumo: O reconhecimento do patrimônio em Juiz de Fora, iniciado pelo poder público municipal no início dos anos 1980, teve como um de seus pilares as habitações unifamiliares da região do Alto dos Passos. No entanto, a forma como essas edificações foram elevadas à categoria de patrimônio municipal foi pouco explorada nas pesquisas de âmbito local. Os “casarões”, como são frequentemente chamados, foram construídos na atual avenida Barão do Rio Branco entre o final do século XIX e meados do século XX. Trata-se de edificações erguidas pelos segmentos mais abastados da sociedade juiz-forana, sobretudo proprietários de fazendas de café e industriais locais. No início dos anos 1980 eram os especialistas da área que diziam o que era e o que não era patrimônio, consagrando, via de regra, as edificações construídas pelas elites. Assim, o principal objetivo deste trabalho é identificar de que forma os agentes do patrimônio em Juiz de Fora converteram algumas habitações unifamiliares da região do Alto dos Passos em patrimônio municipal. A partir dos discursos elaborados por esses agentes, presentes tanto nas publicações referentes ao tema quanto nos processos de tombamento de ditas edificações, propomo-nos a investigar, à luz da teoria atual do patrimônio, da memória, da história e do discurso, como se construiu parte do patrimônio da cidade de Juiz de Fora. As manifestações presentes nos processos de tombamento se mostram como uma oportunidade singular para identificar de que forma os agentes envolvidos recorrem a modalidades discursivas, com o intuito de se atingir os seus respectivos objetivos. O estudo dos agentes que influenciaram o processo de desenvolvimento da cidade demonstra tanto a complexidade das relações que existem entre o ambiente construído e o contexto social, econômico, cultural e político que permite a tomada de decisões sobre o espaço urbano, como também revela uma ideia da cidade que os indivíduos desejam construir, lembrar ou esquecer.