Justiça reprodutiva e violência institucional de gênero: como os tribunais brasileiros abordam efeitos colaterais do consumo de pílulas contraceptivas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Dias, Priscilla Cotti Paredes lattes
Orientador(a): Machado, Joana de Souza lattes
Banca de defesa: Melquíades, Luciana Gaspar lattes, Cruz, Danielle Teles da
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Direito e Inovação
Departamento: Faculdade de Direito
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/16603
Resumo: Este estudo pretende refletir sobre o uso habitual de contraceptivos hormonais e discutir seus impactos na saúde das mulheres. Especificamente, o presente trabalho objetiva investigar a narrativa jurídica acerca dos danos causados pelo uso de anticoncepcionais, a fim de entender como o Judiciário tem se posicionado sobre o tema. A comercialização das pílulas, a princípio, apresentava-se como uma conquista dos direitos reprodutivos das mulheres por viabilizar o controle da fertilidade, além da possibilidade de serem utilizadas como tratamento para diversos distúrbios ligados ao ciclo menstrual. Atualmente, ainda que o consumo dos anticoncepcionais possa produzir diagnósticos clínicos graves, tais como trombose e acidente vascular cerebral (AVC), é o contraceptivo mais usado e de mais fácil acesso no Brasil. A questão norteadora desta pesquisa é: Como os tribunais brasileiros respondem à judicialização dos efeitos colaterais do consumo de contraceptivos hormonais? Nossa hipótese: As demandas sobre os efeitos colaterais das pílulas, quando levadas ao Judiciário, ao invés de serem tratadas como um problema de saúde pública, são tratadas como questões individuais. A investigação se guiará a partir de uma metodologia quantitativa, a fim de coletar decisões sobre o tema nos sítios dos tribunais e, em seguida, partirá para uma abordagem qualitativa, por meio da análise de conteúdo descritivo das decisões encontradas.