Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Nagib, Erickson Cardoso |
Orientador(a): |
Paniz, Vera Maria Vieira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade do Vale do Rio dos Sinos
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
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Departamento: |
Escola de Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.jesuita.org.br/handle/UNISINOS/9424
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Resumo: |
A contracepção de emergência (CE) é um método contraceptivo com indicação reservada a situações especiais com o objetivo de prevenir uma gravidez não planejada, após uma relação sexual desprotegida, mas que não deve ser usado de forma planejada ou substituir o método contraceptivo como rotina. Trata-se de um estudo transversal de base escolar com universitários da área da saúde com 18 anos ou mais de idade, do sexo feminino e regularmente matriculadas na instituição universitária. O instrumento da pesquisa foi a aplicação de um questionário auto administrado composto por 209 questões diretas e específicas, sendo que oito delas relacionadas com o desfecho: “Alguma vez na vida você já usou contracepção de emergência ou pílula do dia seguinte?”. A população do estudo foi constituída por 1596 alunas com 412 perdas após a avaliação do desfecho, totalizando uma amostra de 1184 universitárias analisadas. O trabalho de campo foi desenvolvido entre outubro e dezembro de 2018 e as exposições avaliadas incluíram variáveis demográficas, socioeconômicas, acadêmicas, religião, hábitos comportamentais e relacionadas ao comportamento sexual. Os dados foram digitados no programa Epi Data 3.1 e analisados no programa estatístico STATA 12.0. Utilizou-se regressão de Poisson com variância robusta segundo um modelo conceitual de análise, mantendo-se no modelo as variáveis associadas ao desfecho com p <0,20 para ajuste de fatores de confusão e considerou-se significativas as associações com p<0,05. O objetivo desse estudo foi identificar a prevalência do uso da contracepção de emergência e fatores associados, entre as universitárias da área da saúde em uma escola do ensino superior do Centro-Oeste brasileiro. Os resultados encontrados mostraram que a prevalência do uso da contracepção de emergência (CE) foi de 71,3% (IC95%: 68,7-73,9%). Após ajuste para fatores de confusão, o estudo mostrou que hábitos comportamentais como fumar, consumir bebidas alcoólicas e usar drogas ilícitas aumentaram a probabilidade do uso da contracepção de emergência em 17%, 12% e 17%, respectivamente. A análise do comportamento sexual mostrou que ter tido a primeira relação sexual com idade entre 15-19 anos reduziu a probabilidade do uso em 12% e após os 20 anos a redução foi de 20%. O estudo observou uma elevada prevalência no uso da contracepção de emergência entre as universitárias, e os resultados sugerem que programas de orientação sexual e reprodutivo devem ser realizados no intuito de mostrar a importância da utilização de métodos contraceptivos mais seguros e que a contracepção de emergência deverá ser usada somete em casos específicos e de exceção. |