Classificação tomográfica das raízes do terceiro molar superior associada com o rompimento da cortical óssea do seio maxilar pós exodontia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Micheli Júnior, Walter lattes
Orientador(a): Assis, Neuza Maria Souza Picorelli lattes
Banca de defesa: Queiroz, Marcos Vinícius de Paula lattes, Visconti, Maria Augusta Portella Guedes lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Clínica Odontológica
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/3150
Resumo: Este estudo estabeleceu uma alternativa de classificação entre as raízes e o seio maxilar para estimar as chances de perfuração da cortical óssea. Foram analisadas imagens de Tomografias Computadorizadas de Feixe Cônico pré e pós operatórias de 70 Terceiros Molares Superiores, do banco de dados da Clínica de Radiologia da FO/UFJF. O grupo mais frequente de cada classificação foi comparado aos demais tipos agrupados quanto ao rompimento da cortical do seio maxilar. Foi aplicado o Teste Qui Quadrado para comparação de proporções e para mensurar a chance de perfuração da cortical do seio maxilar, utilizou-se Razão de Chances (Odds Ratio) com intervalo de confiança de 95%. A análise estatística foi realizada pelo programa SPSS versão 23.0 (SPSS, Chicago, IL, EUA). Admitiu-se nível de significância de 5% e a média de idade foi de 22,54 anos. Com relação às raízes 25 (35,71%) eram fusionadas e 45 (64,29%) separadas, totalizando 160 raízes. Constatou-se o rompimento da cortical do seio maxilar pós exodontia em 21 dentes, totalizando 30% da amostra. Na associação entre a classificação da posição radicular em relação à visualização do seio maxilar com o rompimento da cortical óssea, o Tipo II foi o que mais provocou o rompimento e quando comparado aos demais tipos agrupados, apresentou associação significativa (p=0,022). Na avaliação de razão de chances (Odds Ratio), encontrou-se uma chance três vezes maior de perfuração da cortical quando a raiz do Terceiro Molar Superior enquadrou-se no Tipo II. Na classificação de proximidade de contato com a cortical do seio maxilar, as raízes fusionadas do grupo G3 foram as que apresentaram rompimento com maior frequência, contudo não foi uma diferença estatisticamente significativa. Entre as raízes separadas, houve associação significativa com o rompimento na posição G4, somente para a disto vestibular (p=0,008). O grupo G4, mais frequente relacionado ao rompimento, foi comparado com todas as demais raízes agrupadas (incluindo as fusionadas) e os resultados foram significativos. Observamos neste estudo que tanto as raízes fusionadas quanto as separadas, dentro ou fora do seio maxilar, podem provocar o rompimento da cortical do seio maxilar, sendo de fundamental importância usar a tecnologia das Tomografias Computadorizadas de Feixe Cônico para avaliações de riscos, a fim de se precaver quanto a complicações, como a comunicação buco sinusal e a sinusite maxilar.