Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Giovanne Ambrosio
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Orientador(a): |
Andriolo, Artur
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Banca de defesa: |
Monteiro-Filho, Emygdio Leite de Araujo
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Nobre, Pedro Henrique
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Sant'Anna, Aline Cristina
,
Machado, Juliana Clemente
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ecologia
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Departamento: |
ICB – Instituto de Ciências Biológicas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1848
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Resumo: |
Alterações antrópicas na paisagem proporcionam potenciais ameaças para diversas espécies de mamíferos. A introdução de espécies domésticas representa uma forte pressão, seja pela predação, competição, ou na veiculação de doenças domésticas para vida silvestres. O gato doméstico possui características biológicas e comportamentais que permitem uma grande adaptabilidade às áreas naturais, propiciando assim a exploração e ocupação destes ambientes, potencializando riscos às espécies nativas. Por essa razão, sua ação é apontada como um dos principais motivos da perda de espécies, principalmente em ilhas. Torna-se assim imprescindível a necessidade da verificação destas potenciais ameaças e da avaliação de estratégias voltadas para amenizá-las. Neste estudo, observamos a interferência da presença de fêmeas como um fator importante para a determinação do tamanho da área de vida dos machos. Foi constatada a predação sobre todas as espécies de pequenos mamíferos não voadores, amostradas em campanhas de capturas, em uma Área de Proteção Ambiental insular de Mata Atlântica. Entretanto, foram detectados valores opostos ao esperado para riqueza, abundância e diversidade de espécies entre diferentes áreas, considerando-se a presença ou ausência e a densidade destes felinos. Verificou-se também que para os gatos semidomiciliados, a disponibilidade de presas não foi determinante para o consumo destas espécies, o que reforça seu comportamento generalista e oportunista de predação. Observou-se ainda a sobreposição entre quatro espécies de felinos neotropicais em relação às áreas utilizadas pelos gatos domésticos vivendo nesta Unidade de Conservação. No que diz respeito às estratégias para amenizar os impactos pela presença dos gatos, foi demonstrado que o procedimento de intervenção pela castração dos machos, reduz significativamente, tanto a área de vida (75,89%), quanto o padrão de atividade (73,59%) destes gatos em condições semidomiciliares. Todavia, mesmo com a redução desta área de atividade após o procedimento de castração, esperava-se o mesmo efeito para o consumo de presas, mas verificou-se que a castração não interferiu nem no consumo destas, nem nas estimativas de populações de pequenos mamíferos não voadores, amostradas em áreas naturais onde ocorrem em simpatria com gatos. A presença de espécies de pequenos mamíferos exóticas com estreita associação com ambientes antropizados, registradas apenas nas amostras fecais analisadas, tanto no período anterior, quanto no período pós-castração, e a pouca variação no número de presas consumidas, indicam que esta predação possivelmente ocorra nas imediações das propriedades onde residem estes gatos. Os resultados indicam que, embora deva ser incentivada a fim de evitar um crescimento desordenado da população de gatos nestas áreas, a castração não deve ser a única estratégia utilizada para minimizar possíveis impactos causados pela presença destes felinos em áreas naturais. |