Metáforas avaliativas na série de reportagens vaza jato: o contra-ataque com a arma do outro na guerra discursiva
Ano de defesa: | 2022 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
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Departamento: |
Faculdade de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/di/2022/00225 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14575 |
Resumo: | Sob a ótica da Linguística Cognitiva, sumarizada em Geeraerts e Cuyckens (2007), este trabalho investiga processos de base figurativa, especialmente a metáfora, em contexto de matérias jornalísticas contemporâneas do Português Brasileiro. Além do texto seminal acerca da Teoria da Metáfora Conceptual, de Lakoff e Johnson ([1980] 2002), e da noção de fictividade, de Talmy ([2000] 2019), o pressuposto teórico mais relevante diz respeito ao entendimento de Deignan (2010) acerca de metáforas avaliativas, segundo o qual existem quatro mecanismos para a metáfora realizar uma avaliação: (i) implicações geradas; (ii) cenários metafóricos evocados; (iii) domínios-fonte escolhidos; (iv) conotações exploradas. Metodologicamente, rastrearam-se ocorrências de metáforas nos dois textos iniciais da série de reportagens Vaza Jato, publicada pelo The Intercept Brasil, para compor uma análise de cunho qualitativo-interpretativo (BRYMAN, 1996; DENZIN e LINCOLN, 2006). Os resultados apontam para a conclusão de que o discurso jornalístico se aproveita criticamente das metáforas avaliativas, de seus respectivos esquemas imagéticos e de suas implicações, recorrendo parcialmente aos mesmos recursos figurativos evocados pelas fontes de informação, aspectos os quais emergem das mensagens vazadas, suscitando a perspectiva avaliativa dos jornalistas sobre esses dados. Além disso, a escolha dos domínios-fonte se mostrou substancial para a dimensão avaliativa das metáforas, no contexto enunciativo das reportagens analisadas. Outro aspecto de destaque é a observação de que o discurso jornalístico se apropria de metáforas avaliativas das fontes de informação para usá-las argumentativamente contra essas próprias fontes. Por fim, em termos de composição textual, as referidas reportagens fazem uso dos mesmos mecanismos figurativos e avaliativos para estabelecer coesão e coerência por meio de metáfora. |