Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Debien, Paula Barreiros
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Orientador(a): |
Bara Filho, Maurício Gattás
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Banca de defesa: |
Miloski , Bernardo
,
Couto, Bruno Pena
,
Vianna, Jeferson Macedo
,
Antualpa, Kizzy Fernandes
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Educação Física
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Departamento: |
Faculdade de Educação Física
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/12127
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Resumo: |
Ginástica rítmica (GR) é um esporte complexo que exige perfeição técnica, capacidades físicas e artísticas bem desenvolvidas. Apesar da literatura escassa, pesquisas têm apontado para elevadas cargas de treinamento e ocorrência de adaptações negativas nessa modalidade. Ademais, ainda há uma lacuna entre a ciência e as práticas no ginásio. Logo, o objetivo desta tese consiste em avançar no conhecimento em relação ao controle da carga de treinamento na GR. Foram realizados dois estudos e uma completa revisão de literatura. O estudo um buscou descrever a carga interna de treinamento, recuperação e lesões em atletas de elite de conjunto de GR durante períodos competitivos. Seis ginastas da seleção brasileira de conjuntos de GR foram diariamente monitoradas por 126 dias, incluindo treinamento regular e quatro competições. A carga de treinamento foi medida pela percepção subjetiva do esforço da sessão. A carga diária, crônica, e a relação entre a carga aguda e crônica (ACWR) foram calculadas. A escala de Qualidade Total de Recuperação foi utilizada para monitorar a recuperação e a média móvel de três dias foi calculada. As lesões foram diagnosticadas e reportadas pela equipe médica e seus relatórios foram usados na análise. As ginastas apresentaram diferentes padrões de cargas diárias, ACWR, recuperação, e ocorrência de lesões durante os períodos competitivos investigados. Todas as ginastas apresentaram rápidos aumentos na carga (“spike”). Três ginastas apresentaram recuperação insuficiente por mais de 60% do tempo. Quatro atletas tiveram cinco lesões durante o estudo. Fatores individuais como idade e carga crônica podem moderar como cada ginasta responde ao treinamento e tolera os “spikes” na carga. Além disso, lesões durante o período competitivo parecem afetar as carreiras das ginastas no curto e longo prazo, e influenciam a organização do time no treinamento e competições. O objetivo do segundo estudo foi descrever e analisar as práticas e percepções de treinadores, equipe médica, e ginastas de GR quanto ao controle da carga de treinamento. Questionários online foram distribuídos entre profissionais e ginastas envolvidos no treinamento desse esporte ao redor do mundo. Cem participantes de 25 países responderam ao questionário. A percepção do treinador é frequentemente utilizada como método de monitoramento da carga, recuperação/fadiga e desempenho. Variáveis, métodos e medidas comumente reportados na literatura não são frequentes na GR. A maioria dos treinadores percebe que adaptações negativas são raras ou nunca ocorrem. A equipe médica é pouco envolvida no compartilhamento e discussão das informações sobre carga de treinamento e percebem que as práticas implementadas na GR não são boas quanto ao monitoramento da recuperação/fadiga das ginastas. As ginastas observam boa qualidade no monitoramento do seu desempenho e no recebimento de feedback. A maioria dos participantes acredita que um modelo específico de controle da carga de treinamento para a GR pode ser muito ou extremamente efetivo. Em conclusão, o controle da carga de treinamento na GR precisa deixar de ser centrado no treinador e focado em aspectos técnicos e passar a ser um processo multidisciplinar centrado nas ginastas e delineado, também, para minimizar efeitos negativos do treinamento. |