A construção da imagem feminina nas organizações armadas argentinas (1960-1980)
Ano de defesa: | 2023 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em História
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2023/00097 https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/15928 |
Resumo: | Na Argentina, os anos de 1960 e 70 foram marcados por intensa agitação política e social. Em razão do processo de violência, institucionalizado por uma sucessão de governos autoritários, a luta armada foi considerada legítima por boa parte da sociedade, sendo vista como a única alternativa para a solução dos problemas econômicos, políticos e sociais do país. Foi nesse cenário que ocorreu a eclosão de inúmeras organizações armadas, a exemplo dos Montoneros e do Partido Revolucionario de los trabajadores/Ejército Revolucionario del Pueblo. Essas organizações atraíram um grande número de pessoas, incluindo jovens ligados a movimentos estudantis e trabalhadores industriais. A presença das mulheres nessas organizações também foi muito significativa, pois superava parâmetros de atuação política feminina anteriores. Apresente pesquisa analisa de forma paralela as tensões entre a construção da imagem feminina elaborada pela imprensa das referidas organizações armadas e as experiências vivenciadas pelasmulheres em suas militâncias entre os anos de 1960 e 80. Confrontar a produção documental das organizações com os depoimentos de mulheres militantes nos possibilita compreender as experiências vividas para além das narrativas consolidadas pela imprensa. Ao desenvolver esta reflexão, explicitamos conflitos e tensões que se apresentaram entre o limite do que foi imposto e o que de fato ocorria. Nesse sentido, esta tese busca repensar a trajetória das mulheres nas organizações armadas a partir de suas próprias experiências, trazendo à tona conflitos e estratégias utilizadas por elas para lidar com as mais diversas formas de assimetrias de gênero. |