Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Alves, Débora Cristina
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Orientador(a): |
Almeida, Carla Maria Carvalho de
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Banca de defesa: |
Costa, Ana Paula Pereira
,
Scott, Ana Sílvia Volpi
,
Libby, Douglas Cole
,
Ferreira, Roberto Guedes
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em História
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/11315
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Resumo: |
O presente trabalho investiga os processos de sucessão e herança, as redes clientelares, os matrimônios e as alianças familiares instituídas pelos indivíduos e suas parentelas na freguesia de Guarapiranga (MG) entre 1715 a 1820. Para tanto, privilegiamos a análise de quatro famílias principais: os Pinto Alves, os Alves Ferreira, os Freitas Guimarães e os Gonçalves Fontes, estipulando os princípios e dispositivos empregados por estas parentelas com o propósito de enriquecimento, nobilitação e domínio. Para definição destes grupos familiares estabelecemos algumas características principais que as identificaram como elite da região: participação de um ou mais membros na Câmara Municipal de Mariana, como vereador, oficial de barrete entre outros cargos; permanência física, financeira e política desses grupos na região de Guarapiranga e arredores; atuação em ofícios nas Ordenanças e Milícias; e, por fim, a riqueza material. Vivenciando os preceitos de Antigo Regime em uma sociedade marcadamente hierarquizada e escravista no setecentos e os ideais de privilégios, status, poder e benesses no oitocentos, esses indivíduos definiram diferentes estratégias para ascender social, política e economicamente, preservando suas regalias ao longo das gerações. Constituindo alianças e redes estabeleceram “vendas fantásticas”, privilégio de determinado filho, casamentos endógenos e consanguíneos, negociações entre parentes e afins, sacerdócio e celibato aos filhos secundogênitos e outros mecanismos a fim de perpetuarem as posses de terras, distinção e poder. Para analisar a conjuntura social da paróquia empregamos, portanto, o método que define e privilegia o indivíduo e seus encadeamentos genealógicos, o qual permite iluminar os ciclos familiares, servindo não apenas para fins de investigação demográfica, mas também de história social. Igualmente fundamentamos a pesquisa nos ideais de redução da escala baseado em métodos da micro-história. Desta forma, procuramos identificar por intermédio de inventários post-mortem, testamentos, livros de notas, processos matrimoniais, documentos do Arquivo Histórico Ultramarino e do Arquivo Nacional da Torre do Tombo, as estratégias empregadas por esses indivíduos e parentelas no intuito de instituírem e preservarem prerrogativas, poderio, patrimônio, favores e graças ao longo dos séculos XVIII e XIX. |