A sensibilidade de bebês brasileiros a fronteiras de sintagma entoacional: a prosódia nas fases iniciais da aquisição da linguagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Ícaro Oliveira lattes
Orientador(a): Name, Maria Cristina Lobo lattes
Banca de defesa: Fonseca, Aline Alves lattes, Fernandes Svartman, Flaviane Romani lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Letras: Linguística
Departamento: Faculdade de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/670
Resumo: O presente estudo tem como objetivos investigar se bebês brasileiros com idade média de treze meses são sensíveis às propriedades prosódicas que demarcam fronteiras de sintagma entoacional (I) na Fala Dirigida à Criança (FDC) e se as utilizam como pistas para a segmentação do continuum da fala. Assumimos a integração entre o Programa Minimalista (CHOMSKY, 1995 e posteriores) e o modelo do Bootstrapping Prosódico (MORGAN & DEMUTH, 1996; CHRISTOPHE et al., 1997), conforme Corrêa (2006). Dada a possibilidade de relação entre os constituintes prosódicos e aqueles de natureza morfossintática, a pesquisa em questão é norteada pela hipótese de que as informações acústicas presentes nas fronteiras de constituintes prosódicos facilitam a segmentação da fala por crianças em processo de aquisição da linguagem, uma vez que há um mapeamento entre unidades prosódicas e unidades morfológicas e sintáticas, ainda que tal relação não seja isomórfica (NESPOR & VOGEL, 1986; GOUT, CHRISTOPHE & MORGAN, 2004). Assim, desenvolvemos duas atividades experimentais: O experimento 1 analisou quais são, na FDC, as informações acústicas que delimitam uma fronteira de I. O experimento 2 verificou, através da técnica do Olhar Preferencial, se os bebês brasileiros são capazes de perceber tais informações. Os resultados obtidos sugerem que essas propriedades suprassegmentais atuam como pistas que auxiliam os infantes a segmentar a cadeia da fala em unidades gramaticalmente significativas.