Estratégias de enfrentamento, resiliência e otimismo em mulheres no pós-tratamento do câncer de mama

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ferreira, Mariana Barbosa Leite Sérgio lattes
Orientador(a): Grincenkov, Fabiane Rossi dos Santos lattes
Banca de defesa: Lourenço, Lélio Moura lattes, Rudnick, Tânia lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Psicologia
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/6827
Resumo: No pós-tratamento do câncer de mama compreendido como o término da quimioterapia e/ou radioterapia e a intervenção cirúrgica, as mulheres ainda lidam com diversos estressores que podem repercutir fortemente em sua saúde mental. Dessa forma, considerando-se que as mulheres adotam estratégias de enfrentamento (coping) para lidar com tais estressores, o presente estudo tem como objetivo identificar as estratégias de enfrentamento utilizadas pelas pacientes e sua relação com o nível de resiliência e otimismo - aspectos que são considerados saudáveis para o desenvolvimento humano. Para isso, a pesquisa tem uma abordagem quantitativa e qualitativa e, adotou-se uma entrevista para compreender as repercussões negativas e positivas do câncer de mama para a vida atual da mulher, a Escala de Resiliência desenvolvida por Wagnild e Young, a Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP) e o Revised Life Orientation Test (LOT-R) de Scheier, Carver e Bridges, este último como escopo para a avaliação do otimismo. A amostra foi constituída por 50 mulheres que estavam no pós-tratamento do câncer, com idade entre 32 a 75 anos de idade (M= 54, 52; DP= 8, 75) e, como resultado, constatamos que não houve associação significativa entre as estratégias de enfrentamento utilizadas com o nível de resiliência e otimismo (p < 0, 05%). Verificamos que a única associação significativa foi entre as variáveis resiliência e otimismo. Apesar de não haver relação significativa entre as variáveis resiliência, estratégias de enfrentamento e otimismo, é possível constatar que a maioria das mulheres pesquisadas utilizou a estratégia de enfrentamento focada no problema (60%), apresentando um moderado índice de resiliência (58%) e um alto índice de otimismo (60%), aspectos que podem estar associados a um bom ajustamento. No mais, constatamos que apesar das mulheres terem relatado consequências negativas relacionadas ao câncer de mama, como por exemplo, dores, prejuízos na vida laboral, medo da recidiva e mudanças nos relacionamentos interpessoais, a maioria apontou efeitos positivos advindos da doença, tais como desenvolvimento de forças pessoais, melhor apreciação da vida e melhoria nas relações interpessoais. Os resultados do presente estudo reforçam a importância de pesquisas que visem compreender o momento do pós-tratamento contra o câncer de mama, como também, estudos que busquem compreender a relação entre variáveis psicológicas capazes de favorecer o ajustamento das mulheres que terminaram o tratamento inicial para o câncer de mama.