Ficção científica e história: utopias, distopias e regimes de historicidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rodrigues, Luiz Antonio Belletti lattes
Orientador(a): Perlatto, Fernando lattes
Banca de defesa: Caldeira Neto, Odilon lattes, Ribeiro, Naira dos Santos lattes, Bentivoglio, Júlio César lattes, Theophilo, Gabriela lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://doi.org/10.34019/ufjf/te/2022/00040
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/14352
Resumo: Nesta tese pretendo refletir de que maneira a ficção científica (FC) pode ser compreendida como uma espécie de “antena do mundo” no qual é produzida e como a sua relação com a História é seminal, constituindo um campo de análise importante para a historiografia e para a Teoria da História. Para tanto, discuto o papel da FC, especialmente das utopias e distopias, relacionando-as com o debate historiográfico, principalmente com o conceito de “presentismo” e a construção de uma nova consciência histórica. A proeminência deste gênero literário nas últimas décadas nos mais diversos campos da indústria cultural reflete as angústias, sonhos e sentimentos dos mundos nos quais as obras são reproduzidas, tornando-as referências para o estudo histórico destes contextos. Para o desenvolvimento desta pesquisa, analiso obras de ficção científica que representam três períodos emblemáticos da história do mundo ocidental nos últimos cem anos, a saber a Guerra Fria, a Queda do Muro de Berlim e o ataque às Torres Gêmeas do World Trade Center, com o intuito de relacionar história e literatura. Pretendo, a partir das obras dos escritores Isaac Asimov, Kim Stanley Robinson e Suzane Collins, refletir de que maneira estas narrativas abordam os regimes de historicidade em que estão inseridas e evidenciam as tensões e as problematizações destes regimes. A análise dos livros seguiu o método da Semiótica Textual, particularmente a teoria da análise narrativa, conforme descrito por Ciro Flamarion Cardoso.