A trajetória intelectual de Delio Cantimori: escritos políticos, história e historiografia (1904-1966)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Xavier, Felipe Araujo lattes
Orientador(a): Fernandes, Cássio da Silva lattes
Banca de defesa: Viscardi, Cláudia Maria Ribeiro lattes, Ribeiro, Naiara dos Santos Damas lattes, Ghelardi , Maurizio lattes, Lima Filho, Henrique Espada Rodrigues lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/365
Resumo: Este trabalho tem como escopo abordar a complexa trajetória política e intelectual de Delio Cantimori (1904-1966), partindo da sua educação familiar mazziniana, sua aderência ao Fascismo e aos preceitos do idealismo atualista como base paradigmática de leitura do Renascimento e da política contemporânea italiana e europeia. Assim, sigo o processo de inflexão teórico vivenciado pelo estudioso italiano durante a década de 1930, quando as experiências de pesquisas dos hereges na Europa do Cinquecento e seus contatos com novas leituras e ambientes intelectuais e políticos se misturavam com as modificações dos planos do governo fascista, a decadência da fé no corporativismo, o desprestígio popular em relação do regime, o projeto expansionista italiano, o desenrolar histórico alemão e a influência da Alemanha nazista sobre a Itália. Estes fatores levaram Cantimori a se aproximar do Partido Comunista Italiano e dos preceitos teóricos do materialismo histórico. Dessa maneira, finalizo com a sua segunda desilusão política em relação às políticas culturais ideológicas do Partido Comunista Italiano, que levou o intelectual a uma profunda nostalgia de sua geração de historiadores, empenhados em leituras históricas ético-políticas, pautadas em métodos e interpretações filológicas, incompatíveis com os pressupostos ideológicos partidários, e a aproximação da tradição histórico-cultural de Jacob Burckhardt, de seu pessimismo, de seu cientificismo e de sua concepção de História como uma disciplina propedêutica.