Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Taciane Domingues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-18112020-201141/
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Resumo: |
Esta pesquisa de mestrado é o seguimento de um trabalho que começou na Iniciação Científica: a análise da influência idealista na síntese marxista apresentada por Valentin N. Volóchinov, membro do Círculo de Bakhtin, em Marxismo e Filosofia da Linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem (doravante MFL, de1929). Ainda nos passos iniciais, dados na IC com o filólogo Karl Vossler, Wilhem von Humboldt já emergia como o mais significativo representante do idealismo na linguística. Na Rússia, nação do Círculo, Humboldt é considerado o fundador da linguística geral. Em MFL, Volóchinov elege a tradição idealista como a tese que, confrontada à antítese (a Escola de Genebra de Saussure), gera as reflexões críticas sobre as quais a síntese marxista se constrói. Três tópicos de análise comparativa entre o pensamento humboldtiano e o volochinoviano foram desenvolvidos: i) a concepção de dialogismo de cada autor entregou duas grandes diferenças na concepção de sujeito: para o primeiro, a manifestação de uma inteligência universal (o espírito), cuja consciência individual é dotada de capacidade linguística inata; para o segundo, um sujeito responsivo ao meio - sua potencial liberdade não é absoluta, e sim orientada por situações extraverbais concretas. ii) A teorização da formação da palavra como fruto daqueles mecanismos inatos ou como fruto da comunicação social ideológica corroborou o resultado anterior: a grande disputa entre idealismo e marxismo no tocante à filosofia da linguagem é, precisamente, a concepção da consciência individual como apriorística à experiência ou como fato sócio-ideológico. iii) Por fim, a influência da língua na organização coletiva - as visões de mundo humboldtianas e ideologia do cotidiano volochinoviana - revelou que, enquanto o ser marxista é social, a sociedade idealista é análoga a um corpo individual. Os resultados convergem para a inversão do ponto de origem da dialética dessas correntes, já ressaltada durante a IC: para o idealismo, o movimento começa no ser e se expande para fora; para o marxismo, começa no seio da sociedade e adentra o ser. |