Investigação de fatores sorológicos e genéticos relacionados com a predisposição ao desenvolvimento das formas graves da dengue em Juiz de Fora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Siqueira, Tatiane Ribeiro de lattes
Orientador(a): Drumond, Betânia Paiva lattes
Banca de defesa: Rosa e Silva, Maria Luzia da lattes, Magalhaes, Jose Carlos de lattes, Fernandes, Guilherme Côrtes lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Biológicas: Imunologia e Doenças Infecto-Parasitárias/Genética e Biotecnologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/145
Resumo: A infecção por dengue vírus (DENV) tem sido considerada atualmente a mais importante arbovirose no mundo. Até o presente momento foram descritos quatro diferentes sorotipos do DENV: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. A infecção pelo DENV pode produzir uma ampla variedade de distúrbios a febre do dengue ou formas graves da doença, como a febre hemorrágica do dengue (FHD) e síndrome do choque do dengue (SCD), onde os quatro sorotipos de DENV podem causar desde uma infecção assintomática até FHD e SCD. A patogênese da FHD/SCD é multifatorial e vários estudos mostram algumas hipóteses para explicar as manifestações mais graves na infecção por DENV: (i) fatores virais, (ii) associação entre FHD/SCD em casos de infecção heterotípica pelo DENV e (iii) fatores do próprio hospedeiro, que poderiam estar relacionados à resposta imune. Estudos que buscam entender o porquê de pacientes com dengue apresentarem diferentes prognósticos são de grande importância para a Saúde Pública. Embora a doença causada por DENV seja considerada um grande problema de saúde pública, ainda não estão disponíveis drogas antivirais e vacinas a fim de tratar ou prevenir a infecção. O combate do vetor tem sido ineficiente, permitindo o aparecimento de novas epidemias. A cidade de Juiz de Fora vem passando por diversas epidemias de dengue nos últimos anos, com o registro de casos graves e óbitos. Diante deste contexto, este trabalho visou investigar os fatores sorológicos e genéticos relacionados com a predisposição ao desenvolvimento das formas graves de dengue em Juiz de Fora. Em setembro e outubro de 2013 e fevereiro e maio de 2014, amostras de sangue total foram coletadas. As amostras foram estudas para estudos de SNPs, pequisa de anticorpos e do DENV. No grupo estudado, foi observada uma soroprevalência de 16,1%. Foram detectados genótipos predisponentes e genótipos protetores de FHD, nos genes FCRIIa, JAK-1 e DCSIGN, em moradores de Juiz de Fora, entretanto, não foi observada associação desses genótipos individualmente e/ou em combinação com a distribuição de gênero, diferentes regiões de Juiz de Fora onde os participantes residiam e relato de apresentação de sintomas de dengue pelos pacientes. Foram detectados três pacientes que apresentaram material genético de DENV. O conhecimento de áreas e pessoas predispostas à FHD constituem informações valiosas do ponto de vista epidemiológico e na estruturação de políticas públicas que visem o controle da dengue.