Avaliação do impacto da renda, educação e cor na hipertensão arterial, diabetes mellitus e doença renal crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Tirapani, Luciana dos Santos lattes
Orientador(a): Fernandes, Natália Maria da Silva lattes
Banca de defesa: Mansur, Henrique Novaes lattes, Bastos, Jéssica do Amaral lattes, Franco, Márcia Regina Gianotti lattes, Bastos, Marcus Gomes lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira
Departamento: Faculdade de Medicina
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/7807
Resumo: INTRODUÇÃO: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) são responsáveis pelas principais causas de óbito em todo o mundo, matando cerca de 15 milhões de mulheres e homens com idades de 30 e 70 a cada ano (WHO, 2017), ocasionando graves consequências sociais e econômicas em todas as sociedades e economias, principalmente em populações pobres e vulneráveis, emergindo como um grave problema de saúde pública em todo o mundo (WHO, 2014). Existe forte evidência que correlaciona os fatores socioeconômicos a uma maior prevalência e fatores de risco para doença cardiovascular, doença renal crônica e diabetes fatores sociais como educação, ocupação, renda, gênero e etnia (ABEYTA et al; 2012; LASH ,2009; SIEGEL,LUENGEN e STOCK, 2013). OBJETIVOS: Avaliar a prevalência de fatores de risco sociais em pacientes com hipertensão arterial, diabetes mellitus e doença renal crônica. Correlacionar Renda, Educação e Cor com os fatores de risco sociais e o impacto destas nos indicadores clínicos de controle. METODOLOGIA: É um estudo longitudinal do tipo coorte retrospectiva abrangendo o período de agosto de 2010 a dezembro de 2014. Foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: usuários com mais de 18 anos e que passaram por pelo menos 2 consultas no Centro Hiperdia de Juiz de Fora no período de agosto de 2010 a dezembro de 2014. Os usuários elegíveis foram aqueles encaminhados pela atenção primária à saúde da área de abrangência do Centro. As informações demográficas foram levantadas na admissão e as demais variáveis foram coletadas no atendimento. As variáveis demográficas analisadas foram: sexo, idade, cor, cidade, UBS de origem, estado civil, escolaridade, renda, tabagismo, etilismo. As variáveis clínicas coletedas foram: pressão arterial, peso, altura, IMC. Quanto aos registros laboratoriais foram coletados dados referentes a Creatinina, Glicemia de jejum, Hemoglobina e Hemoglobina glicada, colesterol total, HDL e LDL. O levantamento das medicações utilizadas: IECA, BRAT, Betabloqueadores, Estatina, AAS, diuréticos, Insulina, Biguanida, Sulfoniuréia e Fibrato. Como também tempo de acompanhamento e número de consultas. CONCLUSÃO: A cor, a renda e a educação apresentaram baixo impacto na progressão da HAS, do DM e da DRC. Apenas a renda impactou na progressão do diabetes mellitus, possívelmente pelo fato do acesso às medicações pela população com menor renda ser restrito às classes disponíveis no SUS. Observamos sim, associações das patologias com gênero, analfabetismo e cor, porém essas variáveis não impactaram na progressão avaliada ao final do estudo. Acreditamos que o modelo universal do sistema de saúde aliado ao modelo de atenção interdisciplinar tenham suplantados as diferenças socioeconômicas.