Autoeficácia, autoconceito e ansiedade em uma avaliação em larga escala e sua relação com o desempenho escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Serpa, Alexandre Luiz de Oliveira lattes
Orientador(a): Soares, Tufi Machado lattes
Banca de defesa: Teixeira, Beatriz de Basto lattes, Primi, Ricardo lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1948
Resumo: O presente trabalho expõe os resultados da pesquisa “Autoeficácia, autoconceito e ansiedade em uma avaliação em larga escala e sua relação com o desempenho escolar”, desenvolvida no âmbito do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora. O objetivo dessa pesquisa foi investigar o impacto que as variáveis emocionais “autoeficácia”, “autoconceito” e “ansiedade” poderiam assumir para a explicação da proficiência dos alunos submetidos à avaliação do Programa de Avaliação da Educação Básica do Estado de Minas Gerais de 2010. Para tanto, desenvolveu-se um questionário contextual composto por assertivas que visavam medir as variáveis supracitadas. A metodologia de análise dos dados se deu em duas etapas: na análise exploratória de dados, o método escolhido foi a análise fatorial com rotação Promax; em seguida, na fase de análise confirmatória dos dados, utilizou-se o método de equações estruturais. Para a produção dos escores, optou-se pelo uso do modelo da teoria de resposta ao item de Samejima. De posse das medidas emocionais foram feitos dois estudos. O primeiro estudo analisou a relação que as variáveis emocionais assumiam com a proficiência dos alunos quando inseridas nos modelos hierárquicos lineares de explicação da proficiência alcançadas pelos estudantes classicamente usados. Os resultados encontrados neste estudo mostraram que as variáveis emocionais possuem uma significativa associação com a proficiência final dos alunos, inclusive maiores do que o de variáveis ditas clássicas, como o nível socioeconômico e a defasagem escolar, podendo assumir um importante papel na explicação dos fatores associados ao desempenho escolar e a aprendizagem do aluno. O segundo estudo investigou a relação entre os escores das variáveis de “ansiedade” e “autoeficácia” com as variáveis sociodemográficas e educacionais tradicionalmente medidas nos programas de avaliação em larga escala. Para tal, também se optou pelo uso de modelos hierárquicos lineares. Os resultados indicam que os escores das variáveis “ansiedade” e “autoeficácia” são influenciados por características de turma nas séries iniciais do ensino fundamental e, com o avanço da trajetória escolar, parecem se tornar quase que exclusivamente influenciadas por características inerentes aos indivíduos. Por fim, os achados desse trabalho demonstraram que a ciência psicológica pode assumir uma particular relevância na formulação de políticas públicas de educação, na explicação dos processos de aprendizagem subjacentes a dada política, na capacitação dos professores e no entendimento das relações entre o desempenho dos estudantes e seus atributos intraindividuais.