Maio chegou... Santa Rita de Cássia também: um estudo sobre a devoção de mulheres à “santa das causas impossíveis” no bairro Bonfim em Juiz de Fora

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gouvêa, Josélia Henriques Pio lattes
Orientador(a): Portella, Rodrigo lattes
Banca de defesa: Lima, Raquel dos Santos Sousa lattes, Daibert Júnior, Robert lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciência da Religião
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/9913
Resumo: A presente dissertação sobre a devoção de mulheres à Santa Rita de Cássia, no bairro Bonfim, em Juiz de Fora é o resultado de dois anos de pesquisa através da História e Antropologia. Busca-se enfatizar neste trabalho a história de Santa Rita com base em diferentes autores, o desenvolvimento da sua devoção na Europa, no Brasil e em Juiz de Fora. Nessa primeira parte, pode-se concluir que Santa Rita, diferente da maioria das santas católicas, foi uma mulher comum, do final da Idade Média. Casou-se ainda na adolescência, sofreu com o marido alcoólatra que se envolvia em confusão e brigas. Foi mãe de dois meninos, sendo seu maior temor que os filhos seguissem o mau exemplo do pai. Ficou viúva ainda jovem e os filhos morreram entre os doze e quatorze anos. Santa Rita ingressou-se no convento aos trinta e seis anos, onde se dedicou à vida de oração, meditação e serviço aos pobres. Durante quinze anos suportou uma ferida na testa que, segundo os autores, significava um espinho de Cristo. Em Juiz de Fora, na década de 1940, o conhecimento a seu respeito foi ampliado a partir da construção da paróquia em sua homenagem no bairro Bonfim. Já na segunda parte da dissertação, busca-se retratar através do trabalho de campo, os rituais de preparação para a festa de Santa Rita durante o período da quinzena e da novena, como também, todos os acontecimentos da paróquia ligados a comemoração do dia 22 de maio como celebrações, barracas, shows, etc. A maioria das devotas disseram que a Santa Rita representa uma mãe, amiga, madrinha e modelo de mulher. Por fim, conclui-se no último capítulo que as devotas se identificam com a Santa não na situação de esposa submissa e sofredora, mas na condição de mulher e mãe. O foco da devoção, das promessas, da esperança e da entrega aos serviços voluntários não é somente para pedir algo e sim para agradecer o dom da maternidade. Através da simbologia da troca de rosas, faz-se um agrado àquela que realizou os milagres durante o ano e também levam para casa uma rosa como garantia de que o pedido ou agradecimento será correspondido.