MATERNIDADE, GÊNERO E RELIGIÃO: A DEVOÇÃO À MÃE DO PERPÉTUO SOCORRO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Rocha, Célia Vieira de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Ciências Humanas
BR
PUC Goiás
Ciências da Religião
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://localhost:8080/tede/handle/tede/934
Resumo: Este trabalho visa compreender as relações de gênero, via maternidade, que foram sendo estruturadas, no decorrer da tradição da cultura judaico-cristã, dentro do catolicismo oficial e popular. Adotamos, como componente de análise, a devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, presente na novena realizada na Matriz de Campinas, na cidade de Goiânia. Essa religiosidade apresenta-se de modo tão dinâmico que, semanalmente, são celebradas quinze novenas, sempre no dia de terça-feira. De hora em hora, acontece o revezamento de fiéis e equipes de liturgia, para a celebração de um novo ritual, sempre seguido de perto por milhares de pessoas. Essa pesquisa possibilitou uma compreensão de que os fiéis que aderem a esse tipo de rito fazem-no por cultivarem em si uma grande carga de medo/privações reais e imaginárias, em sua existência humana. A relação estabelecida nessa devoção dá-se pelo fato de verem em Maria o rosto da mãe do perene socorro, em suas indigências. Por esse motivo, escolhemos o caminho da análise das relações de gênero, uma vez que os fiéis assemelham a fé na maternidade de Maria, ao ideal de mãe humana. Homens e mulheres asseguram, sem questionamentos, que a maternidade deve ser um serviço de devotamento a Deus e nesse construto social idealizado pela tradição androcêntrica, as mulheres são infligidas à submissão e à exploração social. Para atingir a abrangência, quatro pilares forneceram o embasamento de sustentação teórica: maternidade, gênero, religião e a devoção católica à mãe do Perpétuo Socorro. Autores (as) como Durkheim, Bourdieu, Berger, Parker, Scoth, Daluran, Gebara, dentre outros (as), foram de essencial relevância para a percepção da conjectura levantada.